domingo, 26 de abril de 2015

Mesmo gélida, ela ainda queima

Não lembro direito os versos, só sei que:

Ela segue sozinha em busca de um caminho.
De vieses e reverses.
Constâncias e inconstâncias.
Mata algumas partes de si durante os dias,
Com o passar do tempo torna-se mais forte.
Mas ainda:
Curiosa, impetuosa, teimosa, parece até rima de qualidades e defeitos.
Ora coerentes, por vezes incoerentes.

Positivo e negativo.
Verdadeiro e oscilante.
Firme e fraquejante.
Segue através de um caminho.
Que se ramifica em várias direções.

Como num redemoinho, toma decisões.
E no mar calmo apenas trabalha, trabalha, trabalha.
Fortalece o corpo.
Enrijece o coração.

Gélida, mas ainda sonhadora.
Romântica despedaçada.
A faca parece ultrapassar cada vez mais seu peito,
Jorrando sangue ao colocar as entranhas para fora.
Queima-se viva.
E ressurge das cinzas.
Ora mais forte e viva,
Ora decidida, mas ainda segue o caminho
Em pé, mas quebrada por dentro, 
Por mais que não pareça.

terça-feira, 21 de abril de 2015

A quem interessar possa

A quem interessar possa:
Como o tempo esculpiu formas em mim, formas invisíveis, que tocam as pessoas.
Escrevo em parte enigma, em parte destrinchada através de cada vírgula.
O tempo tem gastado seu tempo comigo.
Deus tem pincelado um brilho em mim,
Um brilho mágico, me sinto iluminada.
E consigo transmitir isso aos que me rodeiam, percebo isso.
Tantas características foram sendo desenvolvidas, habilidades surgidas.
Princípios cada vez mais fortes e convictos.

Empatia, cumplicidade, amizade, parceirismo.
Fé, sabedoria, discernimento, calma.
Coragem, bondade, amor, perdão, prudência
Benevolência, altruísmo, enriquecimento pessoal.
Senso de justiça, esperança, reflexão, firmeza, postura.

Como estou forte, não desabo por qualquer coisa.
Consigo refletir, tomar uma postura firme enquanto não descubro qual a melhor ação.
Há alguns meses que já não me sinto encaixada a idade da certidão,
Fico em dúvida se tenho 27 ou 30 anos.
Hoje vou fazer algo que não imaginava antes fazê-lo, e sei que ela nem imagina.

[...]

Mas tenho medo.
Evolui tanto quanto não posso mensurar.
E uma de minhas crenças pessoais é que nós ficamos vivos apenas até realizarmos uma certa missão, individual e após evoluirmos como alma, pessoa, ser.
Sou outra.
Ainda tenho muito a evoluir.
No entanto, virtudes cardinais e dons do Espírito Santo surgem em mim, e crescem a cada dia.
Parece que a qualquer momento irei morrer, pois me pareço preparada para tal. Já não tenho medo de como vai ser.
Pensamentos estranhos e incompreensíveis para a maioria.
Mas atualmente esta sou eu.
Uma estranha em constante mutação.

Hoje sim sou a  Fênix.

Ah! O tempo!

Vi umas fotos suas e lembrei do quanto sofri.
O quanto meu peito sangrava e latejava, querendo arrancar minha alma, sufocar meu ar.
Sabia que o tempo iria passar.
Mas não do modo como gostaria e nem no tempo que gostaria, controverso, não?

Tanta coisa mudou desde então.
Em mim, o que já pertence a trechos de outros pensamentos.
Em você.
Nos meus sentimentos.

Ainda bem, já não há mais espaço, para:
Amargura, mágoa, tristeza, desespero. 
Em contrapartida, surgem outros:
A admiração, a alegria para ambas as conquistas, suas e minhas.
A convicção de que seguimos o melhor caminho, seja qual for a próxima parada.
Tenho também minha intuição que diz algo, e me deixa confusa, pois seria ilusão da minha mente ou vem mesmo da minha alma. O que ela me diz, conto para poucos e fica em segredo. Mas todos os dias, a dúvida diminui e aumenta a curiosidade, para saber se mais uma vez a minha intuição adianta o que irá acontecer daqui a alguns anos.
Me abro de uma forma nestas frases que há tempos tinha vontade, mas não sabia se já era tempo.
Caso queira saber, me pergunte. ;)

Há ainda outros sentimentos gostosos com relação a tudo isso,
A compreensão pela suas escolhas.
Uma amizade que começa a surgir de outra forma. 
Assim como o que senti por você se transformou...

Em algo indescritível, já não sei se o compreenderia.
Mas meu coração está fechado, com você dentro dele.
De uma forma que não conheci quando éramos dois.