sábado, 15 de julho de 2017

Você foi o amor que mais desejei

Você foi o amor que mais desejei.
Mas o que fez com isso tudo que sempre carreguei aqui?
Como papel, amassou.
Nunca soube o que é ser amada, nem respeitada (o mínimo).
Pois maltratada sempre fui.
Quando gritava: gorda!
Noutras vezes: imbecil, idiota, burra, capeta, demônio, capeta, filha da pura e outras tantas blasfêmias (desculpe as palavras feias, tensas, obscuras).
Tapa no rosto não houve.
Mas pancadas com pedaço de madeira, puxões de cabelo, não faltaram.
Assim como cadeiras jogadas na costas, socos, beliscões e outros tantos arranhões na alma, que nem lembro direito de todos.
 Não saberei nunca o que é ser amada.
É uma dor e planto que carrego comigo.
Mas agradeço, me fez forte!
Pois sem apoio deste gênero, melhor mãe de mim me tornei.
Acreditei em vão, numa possível transformação.
Apenas gritos e ofensas ouvi.
Mas hoje sei, que todo o apoio que carrego comigo, pertence a mim.
Das vitórias, fez deboche.
Afinal, nem minhas conquistas escaparam do seu escarno e depreciação.
A única certeza é que terei de trabalhar esses sentimentos ainda de falta/ vazio.
Nem sei se o tempo esfarela essa dor.