quinta-feira, 22 de março de 2018

Adorável Passageiro!

Dormir com teu cheiro impregnado  em minha camisola, é a melhor coisa que existe.
Pois, aqui persiste a saudade, criada pela distância dos quilômetros entre nós.
Que cruelmente nos separam.
Jamais imaginei me encantar assim.
Como falo: tão abrupta e perdidamente me apaixonar.
Como nos filmes, ainda lembro.
Te encontrar ao meu lado.
Passageiro da janela,
Ao qual me dispus a conversar.
Intrometendo-me em teu lazer,
Confesso, a culpa disso tudo é minha.
E não me arrependo de ter pego aquele ônibus.
Ao qual minha intuição insistiu pegar.
Lembro-me ainda de teus cachos em meus dedos.
Do colorido de tua barba a roçar meu pescoço.
Pedido meu, é claro.
A por te enlouquecer como uma doce ninfeta o faria.
Afrodite aplaude!
Sim, eu quero enlouquecer teu corpo de paixão, volúpia e luxúria.
Alcançar minhas nádegas ao alcance de tuas mãos.
Deleitar-te,
Fazer gozar até a última gota que seu corpo possa.
E sim, novamente te deixar tonto de tanto prazer.
Enlouquecer, é pouco, repito.
Quero deixar em cada traço de tua memória o prazer de minha carne envolta a sua.
Mas, não. Isso é pouco para mim.
Quero muito mais que isso,
Carne, corpo.
Quero teu coração!
Quem sabe ainda hei de conseguir!
Por ora me satisfaço em dominar teus pensamentos pelo prazer mais intenso.
Ai, como te quero e desejo-te!
Espero apenas não se tratar de um sonho.
E que o último dia entre nós, jamais seja uma despedida.
Adorável passageiro, espero que não esteja somente de passagem em minha vida.
Quero que fique!
Quem sabe ainda não mato de prazer, a nós dois, já velhinhos?!