sexta-feira, 25 de abril de 2014

Estamos todos mortos

Estamos todos mortos.
Mortos dentro de nós mesmos.
Buscando viver outras vidas, viver outros amores.
Nos apaixonando pelo que é alheio.
Destruindo nossos princípios através de escolhas superficiais.
Afinal qual é a novidade do momento?
O que me torna um ser admirável?
Uma roupa out ou in?
O livro de cabeceira da lista do New York Times.
Ou o que realmente gostaria de ler?
Estamos apodrecendo em carapuças fabricadas.
Perdendo nossa identidade, nessa modernidade líquida.
Estamos caindo no abismo da perfeição e da vida colorida.
Da vida não vivida.
Do momento não guardado, exposto em centenas de fotos, onipresente na memória.
Estamos ardendo em nosso inferno de obsessões, neuras e cópias.
Vida híbrida, tudo está mudado como o sempre foi, mas numa velocidade inimaginável.
Pois há muita informação e poucos filtros.

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