quarta-feira, 25 de abril de 2018

Haicai sobre o amor

Às vezes nos faz delirar.
Outras, a nos encher de orgulho dos nossos.
Nos põe a suspirar.

Domingo, 22 de Abril de 2018.

Ensaios sobre a dor

Às vezes ela nos pega de surpresa,
Por vezes já é esperada.
E infelizmente é persistente em nossas vidas.
Às vezes  nos traz ? que precisamos.
O salto e a coragem para mudar.
Outrora, nos distanciam das pessoas que amamos.
Sejam os que se vão.
Sejam os enamorados.
A dor é cruel.
Mas por vezes necessária.
Arbitrária e pior dos juízes a trazer a sentença: o sofrimento que se transforma em lágrimas e a durap pena de carregar.
?
árduo peso.

Domingo, 22 de Abril de 2018.

terça-feira, 24 de abril de 2018

É tentador imaginar

É tentador imaginar que a dura realidade se desfará como um grão de areia ao vento.
É tentador imaginar que a vida alheia é tão doce, quanto azeda e amarga a sua.
É tentador imaginar que no amanhã as coisas se resolverão.
Depois disso, ou depois daquilo.
Quando isso..
Pois aí que você se engana meu caro.
O seu trajeto, por ti é criado.
Mesmo que a espera seja longa.
E tudo tão demorado.
Parece que o fim nunca chega.
E o pote de ouro ao final do arco-íris, foge do alcançar de tuas mãos.
Doce desilusão é enganar a si próprio.
E fazer de conta que sempre foi assim.
E desta forma continuará a ser.

terça-feira, 10 de abril de 2018

Pelo que você deixa-se atingir?
O que te faz cair?
A estrada é dura e impiedosa, o fazem crer os desesperançosos.
Descrentes na raça humana.
Fraca e cruel.
Mas bondosa e caridosa.
Em quem você crê?
Por qual é traído?
Há sempre uma história por trás de cada ação vivida.
Um porquê.
E não me digas, que aqui tenho um quê de ingenuidade
Apenas carrego comigo uma fé.
Aquela que não trazes contigo.
A fé no noutro e nas suas atitudes.
E acima de tudo. A fé de que tudo posso, desde que eu lute!
Mesmo que todas as minhas forcas o sejam expelidas de mim.
E claramente traga a si, o extremo da exaustão.
E fadigue na estrada, meu irmão.

Para ti e para mim é muito fácil falar

Para ti e para mim é muito fácil falar, sem saber.
Agir sem conhecer a profundidade dos fatos,
Das coisas, das histórias que cada  um carrega
Qual a sua dor?
O seu desespero?
Sua lástima e pesar?
Coisa alguma, que peso é esse que sua consciência é capaz de carregar?

Haicais I

Quem Sabe o mundo que o outro carrega dentro de si?

Valoroso se torna aquele que pelo mais doloroso caminho passa

segunda-feira, 9 de abril de 2018

[12 de Março de 2018]

Eu sou a guria que dança
Embora você não perceba,
Por estar ao seu lado
Tão fácil assim,

Como tocar as nuvens…
É a distância entre o que vejo e sinto.
E o que você acredita ser.

Mesmo que não pareça.
Um dia as coisas acabam.
As horas passam
E o nosso tempo termina

Assim como o cálice dos Deuses
Que molha minha boca ao te beijar
E tudo o que sinto.
É quero te amar.

Mesmo que não perceba
Entre meus braços
A distância que pode haver
Através de dois corações

Pensamentos soltos que você não consegue buscar
Pois não imagina estarem aqui.


domingo, 1 de abril de 2018

ENSAIOS SOBRE A MORTE

Estou aqui a pensar na vida…
Na brevidade de suas palavras
E situações.
Tudo o vento leva
E em pó nos transformamos
Nossos entes queridos se vão.
E a dor se transforma em luto
Severo e que marca nossos corações.
Não basta o tempo.
Pois tudo o que surge é a saudade.
Das conversas não vivenciadas.
Do tempo não gasto.
Do abraço não feito.
Do futuro imperfeito, onde o nós não existe.
Pois alguém se foi.
Se foi como o vento.
Num piscar de olhos,
E vai sem viver aquilo que tanto sonhou.
A morte é a mais dura e implacável parte do viver.
A qual um dia todos vamos encontrar,
Como única certeza a qual pertence o viver.
Lutar, correr, respirar, amar,
Ser saudosista.
Arriscar, pular, vencer, cair
Para no fim apenas renascer
Nos corações dos nossos. 

02/ ABR


Eu nunca conheci

Eu nunca conheci
Alguém que me faz sorrir
Mesmo que sejam piadas bobas.
Ou apenas, ao estar junto a ti.
Isso me basta e como!
Loucuras o faria para me perder
Novamente dentro de ti.
Ser sua, como de nenhum outro.
Antes ou depois.
Jamais haverá
Sei que pareço louca ao escrever esses versos.
Que soltos compõem traços e deixam rastros
Que se somam aos pedaços de nós, que ainda povoam meus pensamentos.
E que longe, pouco a pouco.
Esses momentos, aos quais jamais esqueço.






(Depois da meia noite)

Como tantos outros...

Gente, como isso jorra de mim!
Como se, se…

Sempre estivesse pronta.
E fosse "apenas isto"
Assim como o cão que late.
A poesia nasce.
Seria esse o meu destino?
Recriar-se a partir de teus meros escritos.
Desnudar-se (palavra e verbo do dia).
Enfrentar a si.
Mostrar aos outros.
Aos que lêem.
Sua natureza refletida nas vogais e consoantes escritas?
Tirar o "tapa-olhos", e não poder mais fugir.
E negar a si?
Como tantos outros, o fizeram.


Imagem blog arte por parte (http://www.arteporparte.com/2008/12/multido.html?m=1)

31/03/18

Quatro Versos em minutos

Você nunca parou para pensar:
Do que tem medo?
E assim desta forma se deixa, dominar,
Pelo desconhecido que ele se torna.
Negando-o e negando a si próprio.
Diante dele.
Diante do espelho.
Nega-se a alma
E a sua essência?
Apenas por comum, não ser?
Mais uma vez nega-se,
Apenas para deixar os outros felizes?
E você?
O que se faz de você?
Nada, apenas nega-se.
E segue-se adiante.
Adelante.
Sem nem pensar se isso te faz feliz.
Se é uma jornada que te põe a sorrir?



31/03/18

Um ser & lembranças

Isso me faz lembrar os tempos de menina,
Caderno e apenas escrever.
Escrever tanto quanto o desaguar dos céus lá fora.
E aqui dentro apenas jogar para fora.
Tudo o que carrega consigo.
Com apenas um fim.
Simplesmente ser você mesmo.
Isso me fez sim, lembrar.
De quando eu apenas era,
EU.
Simplesmente.

E Naturalmente versava com as palavras.
Pois esta sim, é a minha natureza.
Mas afinal, tenho medo?
Medo de apenas ser isso?
Não, medo do julgamento social.
Disto ser apenas isso?
Que não o é… mesmo sem diplomas para o sê-lo.
Com todos os julgamentos sobre o fazê-lo.
Descrente, esquecer o que se apenas é.



31/03/18


Últimos Versos

Últimos versos como ela,
De nascença, com sua história
Carregada de intempéries.
Gerados por eles mesmos.
Genealogicamente antes de si.
Sem apoio, ou força.
Apenas tendo a si mesma como âncora e salto.
Vôo.
Vôo para longe do que acreditava ser o seu destino.
Pois fadado o não estava.
Apenas, dependia de vir, a sorrir para as estrelas.
E nelas depositar a sua fé.
Crer com coragem,
Assim mesmo,
Diante delas,
Despida e com coragem.
E de cabeça erguida,
Afirmar o que veio realmente ser, nesta terra.
Ela, como ela mesma.
Apenas.
Sem véu, ou disfarces.
Sem controle,
Ou remédios, para normalizá-la
Diante, em meio aos outros.
Que chocados e boquiabertos a viam
De olhos arregalados.
Tamanha sinceridade em apenas ser.
Tal potência em sua vontade.
Sem olhar para trás.
O que deixou.
Farelos e migalhas de algo que nunca teve.
O Amor de "seus".


31/04/18

Despir

Despir
Se expor
Desnudar se
A si
Sem olhar para o outro
Assim, desta mesma forma
Com coragem.
A olho nu
Versus crus.
Sobre mim.
Ser isso mesmo,
A que se destina,
Ser.
Viver de forma
Inteiramente sua.
E de forma nua,
Apenas ser.
Delicadamente e Inteiramente,
Você mesma.

31/04/18