quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Busca

Vamos ouvir uma música e fazer de conta que nada aconteceu.
Está tudo tão confuso em minha mente.
A inspiração foge com a mesma força com que surge.
Não sei o que se perdeu.
Quem foi, ou aquele que deixou de vir.
Quero alcançar o céu mesmo sem asas.
Quero navegar e pro mar fugir.
Apenas para entender o que se passa aqui.
Escrevo com a mesma vontade com que me despeço de um passado triste.
Mas a vitória eu ainda busco,
Como aquele que correu tantos metros e largou tantos sonhos.
Para esquecer de si.
O que buscas aqui?
Como se define o próprio eu?
A qual horizonte entrega a tua respiração admirado?
Como sua voz fica entrecortada.
E nada vai, como quando veio.
Tudo se perdeu.
Até eu mesma, esqueci o caminho e qual a luta que buscava.
Mas cheguei até aqui.
Mesmo ao rir de mim.


terça-feira, 11 de setembro de 2018

Pobre homem!

Só me enxergas nua,
O que carrego no peito faz pouco caso.
Pior ainda, quando renegas o que penso e sou.
Porque eres assim homem?
Só vês a mulher como um belo e doce fruto.
Mas que para tantas outras coisas, desfaz.
Nega seus potenciais.
Posso ser mais que pele e peito.
Sou também pensamento,
Um ser e sujeito que ainda filosofa.
Aprende, cai, se reergue, toma tapa na cara, segue em frente, volta atrás, e também para trás.
Posso ser maior do que vês.
Mas nisso, claro não crês.
Saiba que não fui feita apenas da carne, para carregar nova carne em um ventre.
Posso deixar um legado também, assim como outros (homens, claro), já o deixaram.
E como alcançar a eternidade, sem gerações futuras?
Oras com minha inteligência, pobre homem que zombas ainda de mim.


Foto: por Rafael Beck

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Tomates & A SOCIEDADE

Vivemos numa sociedade doente e ao invés de estendermos a mão, jogamos tomates uns nas caras dos outros.

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Você não deveria comer mandioca!

Você não deveria comer mandioca,
Se acha que índio deveria ter, é ficado na toca.
Minhas rimas bobas e infantis.
São assim mesmo, pra ver se você entende.
Que isso tudo que carregas no peito e chamas por outros nomes é preconceito.
Trechos mais pueris que a essência daqueles pelos quais um dia nossos espelhos foram aceitos.
Eu acho que não entendo tupi-guarani,
Mas quando falo:
Ibirapuera, Maracanã, mico, mingau, abacaxi e açaí.
É tudo herança!
De um povo que você ainda rejeita.
E não sabe e/ou reconhece a importância.