sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Meu oceano


E agora como é que a gente faz, quando:
Se perde um do outro.
Mesmo se amando.
Quando a mágoa bate fundo no peito e não sabe-se como deve ser consertado.
Seria egoísmo o que nos destruiu?
Seria o medo de magoar?
O deixar por dizer?
Podem ser todas as perguntas, muitas outras ou nenhuma já citada.
Cada dia mais longe.
É difícil, seguir em frente com tanta angústia.
Não podemos voltar atrás, mas o tempo é tão curto para “consertar”.

[…]

Entre outras coisas...
Tem também o desequilíbrio que afeta a outras coisas.
Também tão importantes.

[…]

Uma palavra mal-entendida
Uma ligação não feita.
Uma frase não dita.
Tudo pode ruir com algo que pode se tornar tão lindo, grande e profundo.

[…]

Onde nós estamos?
Onde queremos chegar?
Nenhum é mais fácil que o outro.

[…]

Tão diferentes.
Uma das únicas certezas é que estou perdida.
Me perdi pelo caminho e não te encontro pra me guiar.

[…]

Difícil pra você entender que é meu oceano, mas não sei nadar.

sábado, 21 de setembro de 2013

Glasses and shoes

Quantos óculos, sapatos por estrear, jantares para serem feitos, amores que ficaram.
Ela levou tanta coisa, tantos sonhos, tantos medos, levou tantos filhos, pais, mães, maridos.
Mas ela também trouxe a tristeza, a saudade, a solidão, as lágrimas.
Todos os dias há chance de encontrar com ela.
Ao atravessar uma rua, tomar um chá, nadar no rio, ao viajar.
Pois bem, o que posso dizer dela?
Simples e puramente encantadora, consegue convencer a todos que é hora de ir, mesmo sem avisar.
Convence o destino que seu caminho acabou.
Toc, toc!
- Olá?
- Prazer, sou a dama de negro, dona Morte.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Dilacerando


Tem algo querendo sair aqui de dentro.
Algo forte.
Algo só meu.
Quero ler algo!
Algo triste.
Algo forte.
Que dilacere e acabe com tudo aqui dentro.
Que liberte minhas palavras.
Minhas poesias, minha dor, meu coração.
Tentei aprisionar.
Tentei não escrever.
Mas isso dói o bastante.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

"Eve"

 Desde criança “Eve” treina, da sua espada de madeira até chegar a esta lâmina pesada de aço, se machucou diversas vezes. Lindas cicatrizes ganhou, de vitórias e derrotas, estas últimas pelas quais chorou silenciosa e copiosamente, sozinha pa
ra que ninguém percebesse o quanto o perfeccionismo afetava seu espírito ao falhar. Divide a paixão pela espada com outras duas: as flechas de seu arco e de sua poesia.
 Seu tempo é gasto ora com a leitura, ora com o treino físico. Para aliviar o nervosismo ou inflar sua coragem basta ler um bom livro, transformar seus pensamentos em palavras ou correr, fazer flexões, nadar até não conseguir dar um decente suspiro.
 Vai até o seu limite sempre, emocional também, mas isto ela não demonstra assim tão facilmente. Sempre tão pensativa, racional e prudente, esconde sua real face: frágil em sentimentos. 
 Perdida nas lembranças da sua infância, da floresta e seus encantos, da sua imaginação que a levava ao tumulto das cidades, principalmente as grandes!
 Agora como mulher se define em três palavras: poética, sedutora e inteligente. Ora aparenta um ar inocente, ora um perfil sedutor, influenciando a opinião de todos ao seu redor, de forma gradual, persuasiva ou descaradamente, dependendo de suas intenções no momento.
 Adora perpetuar as histórias de sua família, enaltecendo a força que carrega como herança desta.
[…]

 Seu aspecto visual é de uma mulher ruiva, forte o bastante para derrubar um homem com as forças de suas pernas e leve o suficiente para enlaça-lo pra perto de si.
 Carrega uma espada longa, um pequeno escudo, seu arco, papel e penas para escrever [sempre consigo].
 Sua roupa em tecido, com detalhes em couro protegendo joelhos, cotovelos, e seios sob a cota de malha, abaixo um cinto com compartimentos [algibeira], uma pequena saia [também de couro], nas costas sua aljava. Sempre usando tons de cru e marrom.

Por um reino distante

As pessoas vão ser as mesmas, apenas irão falar um idioma diferente, se comportarão da mesma forma.
Imagine um reino distante, distante o bastante para achar que é melhor que o lugar onde vive.
Que as cerejeiras dão frutos mais doces e vermelhos.
Que o amor lá é menos amargo e dolorido.
Felizes são os que não amam.
E também os que não vêem  a injustiça diante de seus olhos, pois ignorantes o são.
E não sabem a diferença entre o bom e o ruim.
Não leem bons livros, pois assim não sabem que lutarão por uma vida de princípios e escolhas, pesarosas de sabedoria e inquietude.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Perdendo

Sinto que estou te perdendo
Estou sem ação
Não foi ontem que percebi
Mas acabo metendo os pés pelas mãos, como diz o velho provérbio
Não mais o mesmo
Sei que nem eu
Mas saiba que esta é bem melhor que aquela
Aquela que te destruiu um dia
Esta te quer acima de tudo e de todos
Mas e as ações?
Do que você precisa?
Difícil compreender, complexas as personalidades
Difusas, diversas, diferentes
De ambos os que se amam
Ou se amaram?
O que está sendo construído agora?
Um caminho mais forte, uma ponte?
Ou, nossa ponte é feita de corda e está desabando?
Sabe que não quero que vá para longe de mim.
E mais uma vez não sei o que fazer.
Me dá a mão, Meine Leiben?


[…] Quero ver o brilho no teu olhar, e que seja por mim, por nós!

[pensamentos soltos]
[sem tempo para escrevê-los ou sem coragem?]

Tenho ciúmes dela
De tudo que ela ainda é pra ti
Como ainda mexe contigo, de tudo que te causa
Mesmo tão longe, e sem nem imaginar, talvez
Coisas mal resolvidas são as que ficam
Impregnadas na nossa mente

Será que algum dia realmente te terei?