Há algo querendo sair.
Mas não consigo abrir a porta.
Isto quer se jogar, mas nem a janela consigo abrir.
E me atormenta.
Aperta meu peito.
Tira a sanidade que ainda resta.
Algo me diz, que vou escolher o caminho certo.
Mas não consigo chegar.
Quanto mais certo me parece, mais longe parece estar.
Criam-se confusões em minha mente que cobrem as certezas, para que decisões possam ser tomadas.
É um caminho sem volta.
Sei que o é;
Cada vez mais entendo, os porquês.
Fico mais leve.
Outrora, pareço querer explodir.
Muitas vezes sei quem eu sou.
Mas algumas atitudes do dia-a-dia me colocam longe.
Longe do que quero fazer.
Longe de onde quero chegar.
Longe do que realmente sou, ou fui.
Longe do ser.
O ter, me atormenta nas compras constantes.
O meio me transforma.
Em algo que sei que estou longe de ser.
E volto a um passado que escondi de mim mesma,
Algo que não tentei curar.
Enquanto era tempo.
E a cada dia fico mais longe.
E não sei para onde me voltar.
Qual a melhor decisão a tomar.
E a cada dia fico mais longe.
Pois o meio me contamina, com coisas que me destroem.
Com coisas que destroem o que realmente sou.
As quais realmente nasci para fazer, ser, respirar.
Meu ar fica rarefeito.
E corro em busca de mim mesma.
Corro em busca do que sou.
E que o sol, falso sol tenta esconder.
Falso sol, pois ela o é apenas uma luminária, uma luz artificial.
E as sombras do passado tomam conta de mim.
Enquanto o sol não me aquece.
Enquanto o sol não consegue me alcançar.
Balneário Camboriú, 10.11.2014- 01:25 am
[...]
"Blood red skies, I feel so cold
No innocence, we play our role
The wheel embodies all, where are we going?"
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