Eu falo de pessoas, amores, situações, sensações, dores, sentimentos de forma muitas vezes autobiográfica.
terça-feira, 16 de dezembro de 2014
Quando o título eu esqueci
I
Uma calça usada.
Uma mesma pessoa.
Uma camisa nova, um novo ser dentro do mesmo corpo.
II
Hoje sou outra.
Talvez seja difícil para você entender uma mudança tão drástica em tão pouco tempo.
Afinal como explicar uma mudança ocorrida apenas comigo?
Adquiri certezas, consegui me mergulhar no poço da sabedoria do mundo, através da solidão.
Da introspecção.
Sei o valor da individualidade, l sentido ou o não- sentido da entrega.
Afinal para que é preciso ter sentido?
O amor é que mais generoso e puro, é uma dádiva dada a poucos, através da intervenção divina, que os anjos se encarregam de encher nossos corações.
III
A vida foi feita para dar nossos próprios passos.
A dádiva de poder mudar é algo que poucos percebem pro medo, anseios e dúvidas.
A vida não perdoa.
A quem desiste de lutar, mudar, transformar.
Pois tudo é mudança.
Movimento, expressão.
Eu sou a água que corre pelos rios e transforma percursos, inunda cidades. Parte da chuva que faz florescer frutos e plantas, capaz também de destruí-los.
O vento que muda direções.
Eu sou parte de gerações.
Sabedoria esquecida em minha alma e milênios de conhecimento intuitivo, natureza cíclica.
Sou parte de um todo.
E o todo em um ser.
IV
Palavras chaves: perdão, desapego, [amor como dádiva e não como "obrigação"].
Sinto -me na minha própria pele.
V
Tudo o que temos são os momentos.
Tudo l que deixamos são as marcas impressas em cada ser.
VI
Consigo ir até o poço da sabedoria do lindo através da solidão e da introspeção.
Ou da solidão da introspeção?
Sozinha consigo encontrar partes que não se mostram na multidão.
Mergulhar na intuição da minha alma, compreender o sopro dos anjos em meu ouvido. E escutar sem confundir com o sussurro de outros.
VII
Princípio, meio e recomeço.
Terei tudo.
E também perderei caso entre na perspectiva do conforto e como consequência tenha medo de perder. Tenha medo de deixar ir, seguir o caminho, medo que o ciclo acabe.
Cada pessoa, cada ser de nosso caminho só estará conosco enquanto estivermos no mesmo sentido, lado a lado, na mesma estrada, no mesmo caminho.
Quando não nos encontramos mais no outro para quê continuar?
Se já aprendemos o que precisávamos.
Cumprimos nosso dever, nosso destino.
Às vezes os caminhos se cruzam, mas já mão somos os mesmos, pois nos transformamos, como assim sempre deve o ser.
Penso desta forma. Pelo menos hoje.
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