Eu escrevo de fora pra dentro?
Ou de dentro para fora?
Ás vezes de um modo, às vezes de outro.
Afinal, acontecem coisas que me chamam a atenção.
Noutros momentos, o que está aqui dentro pulsa e quer fugir de mim,
Alcançar outras formas,
Outros espaços, outros mundos.
E ver por aí, algo em conformidade com o que se passa aqui.
Tantos lares, tantas vidas, tantos começos e recomeços a cada dia
Que passam despercebidos aos olhos de quem apenas passa por você.
Olhos de quem vê, mas não enxerga,
Pois não sente o que há aí.
Embora toda a dor um dia vá embora,
Talvez a esperança não retorne,
E o recomeço seja frio, vazio e cinza.
Apenas por respirar, ele surge.
E o belo foge, como o calor do corpo no inverno.
Aquele que corre não alcança, aquilo a que se destinou ao decidir,
Num começo de um dia qualquer,
onde nem todo que olha consegue enxergar.
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