Às vezes a gente acha que a queda faz sumir o chão.
Por outras nós mesmos tiramos pedaços de um possível caminho,
E de escamas em escamas, como ao prepararmos um peixe.
Tiramos partes de nós e jogamos ao lixo,
Mas o pó que se torna não é possível reaproveitar.
E às vezes o pó é inalado em nossas narinas,
sufocando o resto do ar puro que ainda há na sala,
um nós.
Para em seu lugar montar um novo ser,
Mas há momentos em que não encontramos
caixa de ferramentas alguma, para pegar a chave que conserta
nossas incógnitas,
E assim como com o trem perdido,
Ficamos na estação com olhar vazio,
E apenas vendo o movimento,
Ou perdendo a energia que não pulsa,
e que fica como um relógio parado no tempo,
Sem sentido,
Ou sem momento para ser ele mesmo.
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