quarta-feira, 15 de março de 2017

Sem voz!

àS vezeS eu meSma calo a minha bocA,
Pensando que o que poderia escrever vai incomodar os outros.
E assim com a pá, cheia de terra tapo o buraco,
Mas logo abre novamente,
E com a boca enlatada, e os dedos imóveis,
omito alguns pensamentos meus,
omito algumas palavras suas perdidas cabeça,
omito o que por aí, alguém mais pode estar pensando similarmente.

E como um tapa na cara, deixo o vento do momento levar o que quero trazer ao papel.
e de maneira cruel, escondo partes assim de mim mesma,
para depois não entender que há pedaços em falta.

E a falta faz, assim como o ser sem ar para respirar,
Oprimir, apagar, calar, esconder, desmembrar partes do que fechei os olhos para deixar de ver.

Qual a falta que eu mesma esqueci?
Qual o momento em que não vi, que sou feita de tantas partes conflitantes, e por isso claramente humanas,

Que parte ou que falta escondes de si, assim como eu o já fiz?




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