terça-feira, 13 de novembro de 2018

Sobre não poder voar mesmo com asas

Sobre não poder voar mesmo com asas.
Não poder sentir, nem mesmo sorrir.
Com as mãos presas nas costas sem poder tocar 
Não poder dormir mesmo com sono.
Ter todos os dentes e a boca não poder abrir.
Não poder sonhar, mesmo de olhos fechados.
Não poder desenhar já com o lápis na mão.
Não poder pegar, com os braços já estendidos e abertos.
Nada a acontecer mesmo com todo o tempo do mundo.
Nada a fazer, mesmo com o todo diante de si.
Não poder seguir, apesar de um caminho a sua frente.
Dormir e não poder acordar.
Ter limites, diante do infinito.
E no íntimo, apenas chorar, com um arco íris cheio de promessas diante de si.

Itajaí, 13 de Novembro de 2018;
12h e pouco.





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