Me sinto tão sozinha às vezes.
Que até esqueço que este é o destino dos poetas.
Amar sem enxergar a quem.
Mas também ser e ainda flutuar no árido longe do mar
Às vezes eu só queria conversar.
Noutras eu só busco o silêncio com a companhia.
Mas meus amigos estão longe.
E essa pandemia nos deixa loucos.
Sem saber e apenas ter a incerteza como o amanhã.
A procura é grande.
E distante é o caminho.
As palavras ficam soltas e por vezes incoerentes.
Mas uma hora tudo se encaixa.
O lado bom é que as palavras estão flutuando (e saindo).
Como quase louca, eu as deixo surgir.
Para apenas perseguir um sonho.
E as dúvidas me atormentam.
Seria o amanhã o melhor momento?
Ou um depois, esperar essa confusão passar.
Para então andar mais uma vez.
E me entregar a um novo rumo?