quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Quando pedaços de diamantes lhe escapam das mãos

Tem cruzes que só nós podemos carregar.
Mesmo que elas perfurem nossos pulmões.
Mesmo arranhando toda a nossas costas.
Até o sangue jorrar, cair ao chão.
Tem coisas que a gente não consegue entender.
Mas sei que muitas coisas mesmo, são experiências.
Muitas, muitas, muitas coisas são passageiras.
Servem apenas para mostrar o valor das que virão após o fim destas.
No entanto poderia ser mais fácil.
Sabe quando você vê a areia escorrendo pelas suas mãos?
Só que aquela areia não é uma simples areia, parecia pequenos pedaços de diamante?
Que neles se encontram uma perspectiva diferente.
Uma perspectiva mais criativa, inspiradora.
Sabe quando não vê a hora passar?
Que aquilo preenche teu coração com uma alegria enorme.
Mesmo que você saiba que vai durar por pouco tempo.
Que você tenha que...
E de repente em alguns momentos acabam por tirar outros.
Momentos que poderiam ter sido.
Então é uma situação bem complexa.
Ter que lidar todos os dias,
Com essa dor.
Mesmo que agora não aja o que fazer.
Mesmo que não aja nada a ser mudado.
Então a única...
Essas escadas, essa passagem, esse momento, esse tempo, passado desta forma.
Apenas será algo breve.
Algo que servirá para algo maior em outro âmbito.
Mesmo assim é difícil.
Eu sei que tudo o que tenho a fazer
É deitar a minha cabeça no travesseiro todos os dias.
Tudo o que tenho a faço todos os dias é inundar, apenas inundar.
E o que tenho de fazer ao acordar é esquecer disso.
Tentar apagar a dor.
Tentar fazer com que ela diminua.
Não transpareça.
E apenas transbordar... um grande sorriso.
Um grande sorriso, como se as coisas tivessem sido diferentes.
Com algo que foi além do que você poderia fazer.
Quando você fez tudo o que era possível.
E aquele momento lhe foi tirado.
E seguir em frente.
E tentar arranjar forças para algo maior.
Mesmo com o sofrimento que se passa.

Essa passagem.

25 DE AGOSTO DE 2014


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