domingo, 31 de agosto de 2014

Quando tudo que existia era pó

Quando tudo que existia era pó, cinzas também.
Queimaduras que marcam, deixam feridas e ardem como se no inferno estivesse.
Como juntar todas as suas cinzas e pó?
Tarefa esta, destinada a ser feita sozinha.
A Fênix ainda existe? Ou traços dela?
Ela aparece em momentos pré-determinados do dia, com um sorriso radiante.
E assim se passam os dias.
Sem que percebam que ela carrega uma dor, que a coloca no chão e enterra seus sonhos todos os dias.
Ela carrega máscaras e sustenta vestes bonitas e bem coordenadas, afim de esconder sua verdadeira e atual face.
Os dias passam e o peso que leva é de alguém que precisa mostrar que está ali junto, guiando os nove seus. Com toda a segurança e autoconfiança inimagináveis.
Ela está só.
E não há ninguém para abraçá-la.
Já não sei onde está.
Nem quem é esta.
Muito menos quem sou.
Apenas ando, respiro, acordo, durmo, leio.
O que virá?
No que se transformará?
A única certeza: está longe de ter um coração de pedra.
Por isso engole o choro.
Mais uma vez.

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