Tem dores que só nós mesmos podemos carregar.
A dor do arrependimento.
Da escolha errada.
De ações infundadas.
Meu peito estrangula minha alma.
De dor física, dor emocional.
Meu peito lateja e sangra sem que ninguém além de mim, possa ver ou sentir.
Entorpecida pela dor em minha cabeça.
Quanto ao tempo no qual não posso voltar.
Teria sido mais forte e firme.
E quem sabe onde hoje estaria?
Longe, longe, longe a voar como um passáro.
Sinto que certa hora irei explodir e tudo acabará.
Tão jovem.
Tão cedo.
Tão imprevisível.
Indago, algo impensável:
Será certo escolher pela paixão e não pelo dinheiro.
Amar o que se faz ou amar o que se tem?
Se tudo o que tenho é vazio, ar, oco e escorregadio.
Mal sabem a dor que carrego.
Mal sabem o mal que me fazem.
Mas quem sou eu? Que importância, o tenho afinal?
Mais um corpo ocupando a dimensão terrestre.
Tudo o que quero não posso tocar.
Tão longe e tão perto.
Qual será o meu destino.
Porque sofro tanto por algo assim?
Mas uma coisa tenho certeza, jamais voltarei a pesar minhas escolhas por outrem.
Algumas horas antes, pensamentos agora distantes:
Estava com a faca e o queijo na mão.
A faca perdeu o fio, o queijo apodreceu. E o preço hoje já não consigo pagar.
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