domingo, 17 de maio de 2015

Passado e futuro, lado a lado

Quando decido deixar as coisas no seu devido lugar.
Afinal, passado é passado.
Resolvo apagar as fotos.
Cortar...
Arrancar as folhas e galhos que ainda restam na árvore.
Assim como  outono faz para que possa vir o inverno.
Você aparece como quem não quer nada.
Já estava ali.
Só eu não podia perceber.
Não conseguia,
Afinal, e faltam olhos para ver, como ver?
                                                                                       Meu campo de visão estava ofuscado,                                                                                                      obscurecido pela neblina da dor.

Ainda não estou inteira, mas não quero de nenhum modo que você seja a minha cura.
Pois só o tempo pode curar, e amenizar,
Só ele poderá me fazer confiar em uma história novamente.

Já me basta ser o motivo de meu sorriso bobo na rua,
Meu brilho nos olhos,
A inspiração de meus textos não poéticos.
O grito de alegria ao saber que irei conversar contigo.

Ainda não nos transmutamos,
Não nos beijamos.
Consegue imaginar o quanto anseio por isso?
Acredito que sim, pois não tenho quaisquer dúvida que sinta o mesmo.
Mas a tua presença mesmo que distante já me basta, para não querer outro alguém.
Para dizer a qualquer um que queira estar comigo que já estou envolvida.

Não esperava e nem acreditava que fosse me encantar por alguém assim, novamente.
Muito menos que seria tudo tão intenso.
Tão envolvente.
A ponto de dominar meus pensamentos, 
Mas dominar de uma forma sadia, instigante.
Tens qualidades que admiro há muito
 e outras que aprendi a admirar em outrem;
Em homens que marcaram a minha vida,
Meu pai,
Ele.

Bondade, pureza (vista através do carinho pelos animais), sede de justiça, serenidade, sabedoria, inteligência, cultura...
Há dias penso em escrever isso, mas tive receios.
Mas comentei hoje, que daria uma surpresa, acredito que não imaginava que seria essa,
Você está em mim, como poucos estiverem, 
A ponto de escrever algo sobre nós, ainda que o nós não exista totalmente.
Pensei se não seria cedo para isso.
Mas tenho completa certeza de que o que sinto não é fugaz.
E só tende a crescer, na medida certa, com o tempo.
Através de bases sólidas, 
Tijolo por tijolo.


O passado ainda está em mim.
Mas sinto que você é meu futuro.
Que estará comigo na próxima estrada pela qual iremos andar.

Tubarão, 17 de Maio de 2015, 22 h 33 m.


quinta-feira, 14 de maio de 2015

Sobre a paixão e como normalmente ela nos destrói

Sobre a paixão e como normalmente ela nos destrói:

No trajeto de hoje...

Aprendi na vida sentimental que a paixão é algo que não vale tanto quanto o amor que é construído através de bases sólidas.
Mas em toda a minha trajetória sempre segui a paixão,
Em todos o âmbitos de minha vida.
Desde a escolha do curso superior a outros determinantes.

Agora aprendo que nem sempre a paixão é o melhor caminho,
Não apenas na vida amorosa,
Mas em outros setores.

Estudei, estudei, estudei, estudei, estudei... E estudei.
Para?
Seguir um sonho?
Um sonho irrisório de uma área ingrata e restrita a poucos.
Já faz algum tempo que me arrependi desta escolha, a qual não posso voltar.
Claro que fiz amizades, que jamais teriam sido construídas sem este caminho.
Claro que conheci a área pela qual me apaixonei, mais uma vez.
(Ironia)
Mas a qual cada vez mais vejo ter potencial e ser mais abrangente.
Entretanto hoje, já não me vejo mais como uma pesquisadora de moda em potencial.

Estou mais para a Antropologia que para a Moda.
A futilidade não cabe em mim, o humanismo sim.
Moda é muito mais que roupa, já cansei de gritar por aí;
Ela reflete comportamento, escolhas pessoais de um lifestyle.
Mas hoje comida, arquitetura me atraem mais.

Já os índios, como gostaria de correr para a selva!
(Não a selva de pedra, que fique bem claro).

O tempo passa,
E com ela a sorte se esvai
Com isto, nossas oportunidades de ouro podem não voltar.
E quando a vida passar,
As viagens não feitas, os idiomas não aprendidos, a bagagem cultural não adquirida,
Os livros não comprados, as comidas não experimentadas, as experiências não vividas irão aparecer na consciência,
Para então perceber, que o pote no final do arco-íris não é o que vale,
Mas sim percorrer os arcos coloridos e estar perto ao sol é o que realmente vale apena viver.
Mergulhar num rio de águas límpidas, respirar o cheiro da mata, conseguir tocar no animalzinho arisco.
Correr o risco de ser mordida por uma serpente, e escapar. Para no instante seguinte agradecer por estar viva.
E ser grata pela oportunidade de evolução neste momento, neste lugar, nestas circunstâncias.

Descubro que a paixão não é tudo.
Sempre soube que o dinheiro também não.
Qual o caminho?
Minha única certeza no momento: a realização.

domingo, 10 de maio de 2015

Trajetória nova, o caminho da Audrey.

Me sinto tão doce,
Numa lady me transformo através dos minutos,
Voz suave, doce, serena e calma.
Respiração lenta, olhar perspicaz.
Quem imaginaria?
Menina e mulher.
Nem mesmo ela sabia dizer que seria possível.
O autocontrole cresce.
O direcionamento de sua voz, dos detalhes minuciosamente calculados para dar certo efeito.

Ela, tão fã da Audrey.
O mesmo caminho ela persegue.

Trajetória louca, que a surpreende.
Alguns ensinamentos duros a vida lhe traz.
Outros, bons guias a ensinam, de forma doce e sem ultrapassar seus limites.

Não adianta querer falar,
Apenas aconselhar sem um caminho lhe mostrar.
Pois dizer que é tão simples e tão fácil, não basta.
É preciso ensinar, esmiuçar em palavras o caminho a ser seguido.

Mais uma briga, agora consigo mesma.
Com o que sempre foi.
Com quem é,
E quem deve se tornar.

É! Os dias já foram menos complexos,
Mas menos gloriosos.
Sem vitórias diárias, mas significativas.

Um doce de menina ou uma pimenta como mulher?
Ambos?
Tudo ou nada?
8 ou 80?

Pelo jeito o caminho só leva a uma equação: equilíbrio.





quarta-feira, 6 de maio de 2015

É, realmente as coisas estão mudando

É, realmente as coisas estão mudando
Desde de detalhes mais simples, como reduzir um currículo a uma página.
Deixar as coisas mais sucintas, mais calmas, leves.
Andar calmamente, respirar e conversar lentamente.

Mas definitivamente não me vejo como uma lady.
Mas afinal as coisas mudam.

E você se foi...
E não quero voltar a...

E o tempo passa, e conseguimos nos desvencilhar do que não é para mais estar junto a nós.
E o tempo passa, e conseguimos nos desvencilhar do que não é para mais estar junto a nós.