quinta-feira, 14 de maio de 2015

Sobre a paixão e como normalmente ela nos destrói

Sobre a paixão e como normalmente ela nos destrói:

No trajeto de hoje...

Aprendi na vida sentimental que a paixão é algo que não vale tanto quanto o amor que é construído através de bases sólidas.
Mas em toda a minha trajetória sempre segui a paixão,
Em todos o âmbitos de minha vida.
Desde a escolha do curso superior a outros determinantes.

Agora aprendo que nem sempre a paixão é o melhor caminho,
Não apenas na vida amorosa,
Mas em outros setores.

Estudei, estudei, estudei, estudei, estudei... E estudei.
Para?
Seguir um sonho?
Um sonho irrisório de uma área ingrata e restrita a poucos.
Já faz algum tempo que me arrependi desta escolha, a qual não posso voltar.
Claro que fiz amizades, que jamais teriam sido construídas sem este caminho.
Claro que conheci a área pela qual me apaixonei, mais uma vez.
(Ironia)
Mas a qual cada vez mais vejo ter potencial e ser mais abrangente.
Entretanto hoje, já não me vejo mais como uma pesquisadora de moda em potencial.

Estou mais para a Antropologia que para a Moda.
A futilidade não cabe em mim, o humanismo sim.
Moda é muito mais que roupa, já cansei de gritar por aí;
Ela reflete comportamento, escolhas pessoais de um lifestyle.
Mas hoje comida, arquitetura me atraem mais.

Já os índios, como gostaria de correr para a selva!
(Não a selva de pedra, que fique bem claro).

O tempo passa,
E com ela a sorte se esvai
Com isto, nossas oportunidades de ouro podem não voltar.
E quando a vida passar,
As viagens não feitas, os idiomas não aprendidos, a bagagem cultural não adquirida,
Os livros não comprados, as comidas não experimentadas, as experiências não vividas irão aparecer na consciência,
Para então perceber, que o pote no final do arco-íris não é o que vale,
Mas sim percorrer os arcos coloridos e estar perto ao sol é o que realmente vale apena viver.
Mergulhar num rio de águas límpidas, respirar o cheiro da mata, conseguir tocar no animalzinho arisco.
Correr o risco de ser mordida por uma serpente, e escapar. Para no instante seguinte agradecer por estar viva.
E ser grata pela oportunidade de evolução neste momento, neste lugar, nestas circunstâncias.

Descubro que a paixão não é tudo.
Sempre soube que o dinheiro também não.
Qual o caminho?
Minha única certeza no momento: a realização.

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