sem nem ao menos perguntarem a si mesmas se poderiam atingir o calcanhar de Áquiles de alguém,
Ou a ferida que custa cicatrizar,
datada pelos anos a apodrecer partes que não se podem ver a olho nu,
Cada um sabe o que carrega dentro de si,
Mas alguns criam armadilhas para eles próprios,
Ferindo por aí, sem nem ao menos parar um instante para perceber o que se passa,
Os anos são capazes de fechar as costuras dos pontos e dos remendos da alma,
Mas a memória não esquece.
Perdoa, talvez.
Mas como cão de rua acuado pode ficar.
As cicatrizes que existem, podem estar entre familiares,
Ou, entre pessoas que outrora fizeram parte da tua cota de confiança,
Mas não importa,
Contar os machucados não leva a nada,
Mas não importa,
Todo mundo acaba um dia com alguma parte de si suja ou carregada de sentimentos e emoções ruins,
Mas não importa,
Pois todos um dia têm seu fim,
E nada do que foi, ficará marcado em lugar algum.
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