A gente busca a perfeição e a simetria que o ideal nos traz,
Esquecendo-nos que o ideal é uma ilusão.
Fruto da construção utópica pela busca da perfeição,
Inexistente humana.
E por isso, incessantemente buscada
No homem que quer ser Deus,
Ou pelo menos chegar perto dele, equiparar-se.
E no entanto basta que, a humildade, a compaixão e o amor ao próximo,
O alcancem e seja refletido em todos seus atos.
Algo que parece tão simples,
Só o que parece.
Pois, mais difícil que ser perfeccionista na execução de suas habilidades e competências inatas, adquiridas, técnicas, profissionais;
É o alcance do mais puro da alma.
É o alcance de se trabalhar o ego,
E dar à ele a importância que merece:
Ou seja, nenhuma.
Maior sacrifício e árduo trabalho o são, se nutrir de bondade ao próximo,
A passo que isso se torna muitas vezes um caminho de única via,
O dar sem receber (ou esperar por).
Este sim é o mais difícil dos caminhos humanos,
Nas adversidades, permanecer em pé, firme, forte e crente,
Na força de algo maior do que qualquer coisa que possa ser explicada pela Ciência.
Ciência esta representada muitas vezes por homens que zombam da Fé.
Talvez para esconder de si mesmos,
A sua fraqueza humana em não conseguir provar algo que não deve pedir por comprovações.
Apenas acreditar.
Acreditar numa esfera melhor,
Fazer e doar o melhor de si.
Mesmo que se vejam apenas cacos para pisar,
Com os pés descalços.
E sangrar na luta diária de ser o melhor que puder, sem o querer ser,
Sem se vangloriar por reconhecimento e espólios, demasiadamente humanos.
E por isso,
Não especulados e ansiados.
06 de Julho de 2016, 11h 29m
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