terça-feira, 5 de julho de 2016

O saborear do golpe tomado

Claro, que tem golpe que  me dói, me derruba no chão e me faz sangrar,
Derramar muito sangue ao chão.
Mas depois de um tempo, eu mesma vou lá, pego uma agulha grossa e linha,
E costuro o corte, ponto a ponto, sem qualquer anestesia ou analgésicos.
Apenas para lembrar que ao próximo golpe estarei mais forte e resistente,
Lentamente sinto, "cultivo", "aspiro", a dor... segundo a segundo.
Como assim o faço com a mais doce e saborosa sobremesa, 

Ao deixar as pupilas de minha língua sentirem cada micro ponto de sabor,
Meus dentes se sujarem, para que de novo possa saborear, sobre outro "ponto de vista de sabor",
Aquele ou cada característica, traço de sua composição.
E ao final, diferentemente de que costume, demoro a escovar os dentes, até conseguir assimilar 
Cada sensação prazerosa da degustação daquele alimento,
Exponencialmente exploro todos os meus sentidos.


Pois o assim, também tenho procurado fazer com cada golpe que levo,
Para analisar cada movimento fenomenológico, micro e macro ambientes,
Na busca de padrões errôneos, velhos hábitos e vícios incongruentes 
Com o ser que venho construinDO.
Cada golpe é lentamente dissecado e só dou por fim sua análise,
QuanDO ao final consigo saborear o laDO positivo do que houve,
E pode ter certeza, sempre há um, 
(é regra, nós que costumamos usar as lentes erradas diante de desafios e obstáculos que nos são impostos),
É possível ainda se surpreender com o fato 
Que podem haver vários prós no que antes só parecia dissaboroso.

Vida- evolução- aprendizado- movimento- queda- intuição- busca por sabedoria- pensamento analítico- desconstrução- ressignificação- opostos (claro e escuro, vazio e cheio, multidão- solidão, introspecção-extroversão...)
- Os meios e vírgulas que podem existir nos pólos paralelos e complementares
(que podem andar juntos)

05 de Julho de 2016, aproximadamente 13h 21m

Nenhum comentário:

Postar um comentário