O que te compensa ao olhar a vida?
Ao olhar a trajetória que deixou pra trás.
Quais passos foram apagados por ideias que não se concluíram, projetos inacabados.
O que vê diante de ti te traz orgulho ou pesar?
Sempre há tempo,
Tempo pra retomar caminhos inacabados,
Tempo pra entender que o momento é agora!
Tempo pra refletir e chegar a conclusão que algumas coisas devem ser "enterradas" e
Deixadas para trás, pois lá é o lugar delas, em definitivo.
Tempo para respirar e encher os pulmões de ar novo,
De expulsar o ar rarefeito e contaminado,
Contaminado de visões medíocres, acerca do que se pode ser.
O que se escolhe ser.
Tempo de dar as mãos e abraçar aquele amigo, ao qual nunca deveria ter deixado a rotina, o cotidiano, o peso do dia-a-dia afastá-los,
Pois distância maior que a medida em kilometragem é aquele que impusemos entre nós e os nossos.
Nenhuma desculpa deve servir para um tempo mal resolvido, para um amigo ao qual você deixou-se afastar.
Farpas, desculpas esfarrapadas, mediocridade, respostas má formuladas (e às vezes só formuladas apenas para ter a razão no final).
A razão pode ser tão amarga e venenosa, quanto uma junção de serpentes.
Há o tempo de mergulhar dentro de si, e este é crucial.
Não podemos esquecer de cultivá-los,
Pois às vezes, como humanos que somos, esquecemos que a projeção dos que nos falta não é encontrada fora, mas sim somente nós podemos suprir, encontrar as respostas (mesmos que pessoas queridas nos mostrem o caminho, podemos não enxergá-los).
Dentro de nós há coisas que esquecemos de cultivar,
Sentimentos, sensações, emoções, respostas, intuições, sabedorias seculares, insights aos quais devemos reconhecer, e saber regá-los assim como com as plantas o fazemos, e se deixamos de fazê-lo, a chuva se encarrega.
E o tempo, o caminho, a vida se encarrega de nos mostrar a que voz devemos seguir,
E o coração, nem sempre o é tolo. Afinal, mesmo não fazendo uso da razão, ele é o âmago de nosso ser, e pode querer mostrar o que é importante para nós (às vezes pelo curso da vida, acabamos por negligenciar a nós mesmos e nos guiamos pela vontade alheia, e este acredite pode ser um dos nossos maiores erros, pois tem coisa que o tempo não perdoa).
E o tempo, ah! Ele é finitude (pode ser que amanhã não aja outro curso de rio para tomarmos).
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