segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Da série: frases soltas I

Não importa o que lemos, sempre nos transformamos.

E a paranoia nos persegue e nos encurrala, acorrentando a pesos que não eram nossos.

Sobre ser ou não ser o que poderíamos ver a ser.

Sobre o inundar-se de palavras soltas, que nos transformam em seres melhores, ou piores do que o amanhã irá conceber.

A paranoia é terrível. Nos amedronta e encurrala.

Cada momento é um momento, cada laço é um laço....

19/11/18

E cada um se fortalece a seu modo.

Qual a dor que carregas e se transforma num traço seu?

Como viver a cada dia, com a perspectiva que vai ser melhor? Como fortalecer sua fé e esperança num dia vindouro?

23/11/2018

terça-feira, 13 de novembro de 2018

Sobre não poder voar mesmo com asas

Sobre não poder voar mesmo com asas.
Não poder sentir, nem mesmo sorrir.
Com as mãos presas nas costas sem poder tocar 
Não poder dormir mesmo com sono.
Ter todos os dentes e a boca não poder abrir.
Não poder sonhar, mesmo de olhos fechados.
Não poder desenhar já com o lápis na mão.
Não poder pegar, com os braços já estendidos e abertos.
Nada a acontecer mesmo com todo o tempo do mundo.
Nada a fazer, mesmo com o todo diante de si.
Não poder seguir, apesar de um caminho a sua frente.
Dormir e não poder acordar.
Ter limites, diante do infinito.
E no íntimo, apenas chorar, com um arco íris cheio de promessas diante de si.

Itajaí, 13 de Novembro de 2018;
12h e pouco.





sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Quando a saudade é lembrar

Quando a saudade é lembrar, um dia especial em que se foi você mesmo,
O mesmo dia em que se foi o melhor que se pode ser naquele momento.
Quando o melhor que pode se ter de si mesmo é simplesmente ser.
Amar é o melhor que podemos dar de nós mesmos.
Mesmo que creiamos em coisas diferentes.
Diferentes o somos de tudo o que já fomos ontem.
E o ontem levou consigo a memória do que um dia possamos ser.
Qual o dever maior que carregamos conosco mesmo?
O que deveras ser.
Ser maior do que possamos ser ontem.
E o melhor de nós mesmos a ser assim hoje.




segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Já parou para pensar que quando ris de mim, ri na verdade é de ti?

Já parou para pensar que quando ris de mim, ri na verdade é de ti?


Eu posso ser agente de mudança, posso ser e fazer!

Eu posso ser agente de mudança,
Basta para isto agir, mesmo que pareça ínfima minha atitude.
Eu posso ser e fazer,
Mesmo que não queiram me deixar.
Mesmo que queiram me calar!

Eu posso ser e fazer, repito aqui.
Por mais impossível que pareça,
Eu posso agir, eu, eu!
Um redemoinho de eu´s está  a gritar e pedir socorro a esta sociedade inutilmente vazia  e cheia de auto xingamentos, cheia de si, cheia de mim, cheia de ti e de todos nós.

Quem seremos os próximos a tomar uma atitude.
E vazios de nosso ser, nos doar ao outro.
Altruísmo, Falso moralismo o que mais entope  a sociedade atual na sua opinião?


domingo, 4 de novembro de 2018

Eis!

Já decidi fazer tantas coisas,
Já decidi ser tantos seres,
Tantos dissabores, amores.
Eis!

sábado, 3 de novembro de 2018

Já mudei tantas vezes, e tantas outras também!

Já mudei tantas vezes,
Que já não sei quando já mudei, ou seria o quanto já mudei?
Me indago tantas vezes, a seguir por um caminho.
E hoje me encontro parada a olhar um destino que já me apontaram antes,
E mais uma vez, eu escrevo sobre isso tudo e sobre mim mesma, diante de um caminho a seguir.
Ouço canções antigas e me ponho a sorrir,
Diante de um caminho que me traz aqui.
E o que me esperas além da dúvida de um dia eu, hei de ser!
E um querer que já não quero tanto, que não sei nem como poder.
Como é poder sê-lo.
E aqui sois,
Sois apenas eu, uma bela amante das artes.
E da poesia, que se põe a sorrir, diante de si.
E ineroxavelmente me contradigo com belas palavras, e me coloco a correr diante de um caminho,
De um futuro, de um lugar-não seguro,
De lugar nenhum e de vias de regra a correr,
Atrás de um percurso a desconhecer de mim mesma.
E novamente me coloco como detentora da realidade, e subjulgo a verdade que foge de mim, como ontem.
Já mudei tantas vezes, e tantas outras também!


sexta-feira, 12 de outubro de 2018

Mesmo que morresse sem escrever o livro, Morreria em paz, pois hoje me perdoei por tudo que destruí,
E enfim agradeci, por todo o aprendizado.
E assim me tornei feliz.

Dia das crianças, qual sonho deixou pra trás?

Dia das crianças, qual sonho deixou pra trás?
Queres mesmo resgatar algum sonho da criança que já fostes e deixastes de realizar?
Ou vais seguir, matando-te as poucos, ao tomar do próprio veneno humano,
Que finges não ver, pois pode ser a ti mesmo, ao desacreditar em ti.


quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Busca

Vamos ouvir uma música e fazer de conta que nada aconteceu.
Está tudo tão confuso em minha mente.
A inspiração foge com a mesma força com que surge.
Não sei o que se perdeu.
Quem foi, ou aquele que deixou de vir.
Quero alcançar o céu mesmo sem asas.
Quero navegar e pro mar fugir.
Apenas para entender o que se passa aqui.
Escrevo com a mesma vontade com que me despeço de um passado triste.
Mas a vitória eu ainda busco,
Como aquele que correu tantos metros e largou tantos sonhos.
Para esquecer de si.
O que buscas aqui?
Como se define o próprio eu?
A qual horizonte entrega a tua respiração admirado?
Como sua voz fica entrecortada.
E nada vai, como quando veio.
Tudo se perdeu.
Até eu mesma, esqueci o caminho e qual a luta que buscava.
Mas cheguei até aqui.
Mesmo ao rir de mim.


terça-feira, 11 de setembro de 2018

Pobre homem!

Só me enxergas nua,
O que carrego no peito faz pouco caso.
Pior ainda, quando renegas o que penso e sou.
Porque eres assim homem?
Só vês a mulher como um belo e doce fruto.
Mas que para tantas outras coisas, desfaz.
Nega seus potenciais.
Posso ser mais que pele e peito.
Sou também pensamento,
Um ser e sujeito que ainda filosofa.
Aprende, cai, se reergue, toma tapa na cara, segue em frente, volta atrás, e também para trás.
Posso ser maior do que vês.
Mas nisso, claro não crês.
Saiba que não fui feita apenas da carne, para carregar nova carne em um ventre.
Posso deixar um legado também, assim como outros (homens, claro), já o deixaram.
E como alcançar a eternidade, sem gerações futuras?
Oras com minha inteligência, pobre homem que zombas ainda de mim.


Foto: por Rafael Beck

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Tomates & A SOCIEDADE

Vivemos numa sociedade doente e ao invés de estendermos a mão, jogamos tomates uns nas caras dos outros.

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Você não deveria comer mandioca!

Você não deveria comer mandioca,
Se acha que índio deveria ter, é ficado na toca.
Minhas rimas bobas e infantis.
São assim mesmo, pra ver se você entende.
Que isso tudo que carregas no peito e chamas por outros nomes é preconceito.
Trechos mais pueris que a essência daqueles pelos quais um dia nossos espelhos foram aceitos.
Eu acho que não entendo tupi-guarani,
Mas quando falo:
Ibirapuera, Maracanã, mico, mingau, abacaxi e açaí.
É tudo herança!
De um povo que você ainda rejeita.
E não sabe e/ou reconhece a importância.



sábado, 25 de agosto de 2018

Sobre a dor que não foge de mim

Como se tivessem tirado minhas forças
E meu poder
O poder que a gente só reconhece quando falta
E a capacidade some
Com um peso que não posso suportar
Estou a andar parada no mesmo lugar
E apenas a dor me consome
Aqui é tudo tão gelado,
Pois meus pés não aquecem mais.
E sob o gelo estou a andar.
Como se na neve estivesse a andar.
Percorrer quilômetros que não existem mais.
Que somem aos meus pés.
Percursos que não consigo alcançar.
O desespero sobre mim é o lugar nenhum a qual percorro
Logo ao acordar.
E nada do que faça parece resolver o que está diante de mim.
E aos meus pés não consigo sentir e nem ver uma solução.
E um único problema se transforma em terríveis monstros
A me devorarem toda noite, pois o amanhã está a chegar.
Tudo tão longe e tão perto.
Impossível de alcançar, assim parece ser.
E o que me domina então?
O pavor, que percorre meus braços com os pêlos a arrepiar
De tanto tremor e temor.
E esta dor que não passa,
Apenas me acompanha todos os dias.
E eu não me reconheço.
Em minha própria pele distorcida pareço estar.
Derrotada estou a buscar a esperança que some ao chegar da aurora.
Se dispersa assim como o que já fui um dia.
De enigmas em enigmas procuro encontrar a minha voz.
Uma voz que clama por solução.
E não por esta decepção que está ao meu lado.
E o passar dos dias não me trazem melhoras.
Perco o chão, como se tivesse perdido os pés para percorrê-lo.
E tudo é metáfora em busca de auxílio.
Um auxílio que não vêm, que ninguém aqui é capaz de me dar.
A não ser a coragem que tento buscar para encarar de frente tudo isso.
E com a cabeça erguida, sofro com a dor.
Buscando não cair em  lágrimas para não me afogar nelas mesmas.
Pois tudo isso não parece ter fim.
Nenhuma resposta, nenhum amanhã,
Ou remédio que arranque esta dor de mim.
E que traga luz para minha alma.
Quero correr e não consigo ao menos andar e estar sob meus próprios pés sem dor.
Como é difícil alcançar algo tão simples.
Que perde sua importância por tão cotidianos serem seus movimentos.
O que busco e não consigo alcançar.
Ao menos até a esperança tenho que chegar,
Mesmo que não consiga andar até a ela.
Como posso fazer para meus caminhos percorrer e meus destinos criar?
E assim me satisfazer e sentir a vida pulsar dentro de mim como outrora.
Apenas o amanhecer não traz o que tanto busco.
E a cada dia luto contra tudo isso.




Para então um dia conhecer a paz

Você percebe que a juventude se vai e se esvai.
Quando olha para trás o que há para comemorar?
Quais frutos foram doces o bastante para ficar na memória, mais que no paladar.
O que de amargo ficou e o que você realmente conquistou.
Conquistou a si mesmo e se tornou dono de seus pensamentos.
De seus atos, se fez firme nas consequências.
E a noite se faz, levando com ela as sombras que se fazem durante o dia.
E o verbo se flexiona repetidamente querendo dizer alguma coisa.
Busca no inconsciente algo que está perdido no consciente,
Algo perdido a luz do dia.
Mas que se faz durante as trevas do escurecer.
Obscuro como aquele deve ser.
Aquele que machuca e você deve conhecer,
Para então um dia conhecer a paz,
Dentro de si.


sábado, 21 de julho de 2018

Sobre o arrependimento

Não há poesia que eu escreva que possa expressar o que sinto.
Nenhuma palavra hoje parece te alcançar.
Você não consegue sentir.
E nem ao menos sei, se sabe o que se passa por aqui.
O arrependimento, há anos me consome.
A dor que lhe causei, me aflige.
Só queria um dia, encontrar seu olhar.
E saber que a indiferença, um dia acabou.
Pois como pode tal amor, nisso se transformar?
Bem, é claro que lhe entendo,
E isso dor maior por si só é capaz de me causar.
A gente sabe, que por mais que eu queira o tempo não pode voltar.
Tudo teria sido tão diferente.
E hoje acredito que meu lugar era realmente ao seu lado.
Mas pior cega a que não vê a verdade de um coração que clama para estar junto a si.
Algum dia, poderia me perdoar?
Pois eu não deixei a nossa história continuar.
E ao invés de seguir em frente, para lados errados olhei.
Deveria ter pego em sua mão.
Mas a coragem me faltou,
Acho que nunca te expliquei.
Mas só a dúvida e a descrença faziam parte de mim.
Então eu parti.
E a alma paga pelos erros que a gente faz durante o percurso.
É isso o que posso dizer do que se passou entre nós.
Não serão as palavras bonitas que declamarei.
Ou aquele beijo na chuva.
Sim, um dia a gente paga pelo erro que comete.
Através da dor, da mágoa do outro.
Há tanto em mim, que eu preciso dizer.
Mas ainda assim não consigo transformar em voz.
E quem sabe, pouco a pouco o que sinto se transforma em algo melhor e que não me consuma.
Uma outra frase escapou de minha memória,
Assim como tudo o que se foi e não volta.

Feito estranhos!

Tanto tempo faz,
Já não sei mais, eu deixei você ir.
Até solicitei, procurando não acreditar no que existia.
Como eu demorei pra compreender.
Mas você se foi,
Eu sei,
E como todos os outros pedidos meus, você realizou.
Me sinto uma boba, por pensar tanto assim.
E não conseguir te alcançar.
Sabe, apenas sua amizade bastaria.
Estar perto de ti é uma falta que sinto.
E não consigo apagar, por mais que os anos passem.
E você hoje não sei o que sente.
Apenas sei que quer estar o mais longe de mim.
Consegue imaginar a falta que me faz?
Muitas vezes me imagino velhinha e ainda carregando este arrependimento em meu peito.
Oh, céus!
Que falta você me faz!
Insubstituível ser que tão longe de mim está.
Mas mais perto que jamais esteve.
Queria tanto reconquistar sua confiança e seu respeito.
Mas por enquanto não há jeito,
Há anos estamos assim, feito estranhos.


Não sei como explicar

Gostaria de ter uma bela voz, apenas para escrever algumas canções.
E falar de amor,
De você, e de um tempo que já passou,
Das oportunidades que jogamos fora.
Dos sonhos e desejos alheios, que pisamos em cima e que poderiam ser os nossos.
Não sei como explicar esta culpa que sinto.
Apenas queria cantar,
E que pudesse ouvir.
Que eu enfim sofri.
E talvez nenhum décimo tenha sentido do que lhe causei,
Mas você ficou em meu coração, de tal forma.
Que também não sei explicar.
Apenas queria cantar,
E transformar em refrão, tudo o que passou.
Para que outras, como eu não façam o que eu fiz.
Não reconhecer algo que estava diante de seus olhos,
Mais que um amigo, mas você se foi.
E não volta mais.
E eu sinto uma culpa que não sei explicar.
E mais ainda uma falta de algo que não deixei acontecer.
Por medos idiotas, às vezes deixamos que o verdadeiro e único se vá.
Um sentimento que não sei explicar é apenas o que se passa aqui dentro.
E como gostaria de poder um dia cantar pra você.



sexta-feira, 18 de maio de 2018

Dor d'alma

O que se faz quando a dor aqui dentro, corrói e dilacera a alma?
Lá fora tudo é vento e aqui dentro é tornado.
Que destrói até que se esvae.
Como explicar a dor que não se entende?
Como ser gente num mundo tão desumano.
E a injustiça, o que dela se faz?
O tapa na cara que não foi dado pelas mãos, mas pela ação do homem.
Como ser alguém sentindo- se um ninguém dentro de si.
E quem ri, apenas para disfarçar que não sangra.

quarta-feira, 25 de abril de 2018

Haicai sobre o amor

Às vezes nos faz delirar.
Outras, a nos encher de orgulho dos nossos.
Nos põe a suspirar.

Domingo, 22 de Abril de 2018.

Ensaios sobre a dor

Às vezes ela nos pega de surpresa,
Por vezes já é esperada.
E infelizmente é persistente em nossas vidas.
Às vezes  nos traz ? que precisamos.
O salto e a coragem para mudar.
Outrora, nos distanciam das pessoas que amamos.
Sejam os que se vão.
Sejam os enamorados.
A dor é cruel.
Mas por vezes necessária.
Arbitrária e pior dos juízes a trazer a sentença: o sofrimento que se transforma em lágrimas e a durap pena de carregar.
?
árduo peso.

Domingo, 22 de Abril de 2018.

terça-feira, 24 de abril de 2018

É tentador imaginar

É tentador imaginar que a dura realidade se desfará como um grão de areia ao vento.
É tentador imaginar que a vida alheia é tão doce, quanto azeda e amarga a sua.
É tentador imaginar que no amanhã as coisas se resolverão.
Depois disso, ou depois daquilo.
Quando isso..
Pois aí que você se engana meu caro.
O seu trajeto, por ti é criado.
Mesmo que a espera seja longa.
E tudo tão demorado.
Parece que o fim nunca chega.
E o pote de ouro ao final do arco-íris, foge do alcançar de tuas mãos.
Doce desilusão é enganar a si próprio.
E fazer de conta que sempre foi assim.
E desta forma continuará a ser.

terça-feira, 10 de abril de 2018

Pelo que você deixa-se atingir?
O que te faz cair?
A estrada é dura e impiedosa, o fazem crer os desesperançosos.
Descrentes na raça humana.
Fraca e cruel.
Mas bondosa e caridosa.
Em quem você crê?
Por qual é traído?
Há sempre uma história por trás de cada ação vivida.
Um porquê.
E não me digas, que aqui tenho um quê de ingenuidade
Apenas carrego comigo uma fé.
Aquela que não trazes contigo.
A fé no noutro e nas suas atitudes.
E acima de tudo. A fé de que tudo posso, desde que eu lute!
Mesmo que todas as minhas forcas o sejam expelidas de mim.
E claramente traga a si, o extremo da exaustão.
E fadigue na estrada, meu irmão.

Para ti e para mim é muito fácil falar

Para ti e para mim é muito fácil falar, sem saber.
Agir sem conhecer a profundidade dos fatos,
Das coisas, das histórias que cada  um carrega
Qual a sua dor?
O seu desespero?
Sua lástima e pesar?
Coisa alguma, que peso é esse que sua consciência é capaz de carregar?

Haicais I

Quem Sabe o mundo que o outro carrega dentro de si?

Valoroso se torna aquele que pelo mais doloroso caminho passa

segunda-feira, 9 de abril de 2018

[12 de Março de 2018]

Eu sou a guria que dança
Embora você não perceba,
Por estar ao seu lado
Tão fácil assim,

Como tocar as nuvens…
É a distância entre o que vejo e sinto.
E o que você acredita ser.

Mesmo que não pareça.
Um dia as coisas acabam.
As horas passam
E o nosso tempo termina

Assim como o cálice dos Deuses
Que molha minha boca ao te beijar
E tudo o que sinto.
É quero te amar.

Mesmo que não perceba
Entre meus braços
A distância que pode haver
Através de dois corações

Pensamentos soltos que você não consegue buscar
Pois não imagina estarem aqui.


domingo, 1 de abril de 2018

ENSAIOS SOBRE A MORTE

Estou aqui a pensar na vida…
Na brevidade de suas palavras
E situações.
Tudo o vento leva
E em pó nos transformamos
Nossos entes queridos se vão.
E a dor se transforma em luto
Severo e que marca nossos corações.
Não basta o tempo.
Pois tudo o que surge é a saudade.
Das conversas não vivenciadas.
Do tempo não gasto.
Do abraço não feito.
Do futuro imperfeito, onde o nós não existe.
Pois alguém se foi.
Se foi como o vento.
Num piscar de olhos,
E vai sem viver aquilo que tanto sonhou.
A morte é a mais dura e implacável parte do viver.
A qual um dia todos vamos encontrar,
Como única certeza a qual pertence o viver.
Lutar, correr, respirar, amar,
Ser saudosista.
Arriscar, pular, vencer, cair
Para no fim apenas renascer
Nos corações dos nossos. 

02/ ABR


Eu nunca conheci

Eu nunca conheci
Alguém que me faz sorrir
Mesmo que sejam piadas bobas.
Ou apenas, ao estar junto a ti.
Isso me basta e como!
Loucuras o faria para me perder
Novamente dentro de ti.
Ser sua, como de nenhum outro.
Antes ou depois.
Jamais haverá
Sei que pareço louca ao escrever esses versos.
Que soltos compõem traços e deixam rastros
Que se somam aos pedaços de nós, que ainda povoam meus pensamentos.
E que longe, pouco a pouco.
Esses momentos, aos quais jamais esqueço.






(Depois da meia noite)

Como tantos outros...

Gente, como isso jorra de mim!
Como se, se…

Sempre estivesse pronta.
E fosse "apenas isto"
Assim como o cão que late.
A poesia nasce.
Seria esse o meu destino?
Recriar-se a partir de teus meros escritos.
Desnudar-se (palavra e verbo do dia).
Enfrentar a si.
Mostrar aos outros.
Aos que lêem.
Sua natureza refletida nas vogais e consoantes escritas?
Tirar o "tapa-olhos", e não poder mais fugir.
E negar a si?
Como tantos outros, o fizeram.


Imagem blog arte por parte (http://www.arteporparte.com/2008/12/multido.html?m=1)

31/03/18

Quatro Versos em minutos

Você nunca parou para pensar:
Do que tem medo?
E assim desta forma se deixa, dominar,
Pelo desconhecido que ele se torna.
Negando-o e negando a si próprio.
Diante dele.
Diante do espelho.
Nega-se a alma
E a sua essência?
Apenas por comum, não ser?
Mais uma vez nega-se,
Apenas para deixar os outros felizes?
E você?
O que se faz de você?
Nada, apenas nega-se.
E segue-se adiante.
Adelante.
Sem nem pensar se isso te faz feliz.
Se é uma jornada que te põe a sorrir?



31/03/18

Um ser & lembranças

Isso me faz lembrar os tempos de menina,
Caderno e apenas escrever.
Escrever tanto quanto o desaguar dos céus lá fora.
E aqui dentro apenas jogar para fora.
Tudo o que carrega consigo.
Com apenas um fim.
Simplesmente ser você mesmo.
Isso me fez sim, lembrar.
De quando eu apenas era,
EU.
Simplesmente.

E Naturalmente versava com as palavras.
Pois esta sim, é a minha natureza.
Mas afinal, tenho medo?
Medo de apenas ser isso?
Não, medo do julgamento social.
Disto ser apenas isso?
Que não o é… mesmo sem diplomas para o sê-lo.
Com todos os julgamentos sobre o fazê-lo.
Descrente, esquecer o que se apenas é.



31/03/18


Últimos Versos

Últimos versos como ela,
De nascença, com sua história
Carregada de intempéries.
Gerados por eles mesmos.
Genealogicamente antes de si.
Sem apoio, ou força.
Apenas tendo a si mesma como âncora e salto.
Vôo.
Vôo para longe do que acreditava ser o seu destino.
Pois fadado o não estava.
Apenas, dependia de vir, a sorrir para as estrelas.
E nelas depositar a sua fé.
Crer com coragem,
Assim mesmo,
Diante delas,
Despida e com coragem.
E de cabeça erguida,
Afirmar o que veio realmente ser, nesta terra.
Ela, como ela mesma.
Apenas.
Sem véu, ou disfarces.
Sem controle,
Ou remédios, para normalizá-la
Diante, em meio aos outros.
Que chocados e boquiabertos a viam
De olhos arregalados.
Tamanha sinceridade em apenas ser.
Tal potência em sua vontade.
Sem olhar para trás.
O que deixou.
Farelos e migalhas de algo que nunca teve.
O Amor de "seus".


31/04/18

Despir

Despir
Se expor
Desnudar se
A si
Sem olhar para o outro
Assim, desta mesma forma
Com coragem.
A olho nu
Versus crus.
Sobre mim.
Ser isso mesmo,
A que se destina,
Ser.
Viver de forma
Inteiramente sua.
E de forma nua,
Apenas ser.
Delicadamente e Inteiramente,
Você mesma.

31/04/18



quinta-feira, 22 de março de 2018

Adorável Passageiro!

Dormir com teu cheiro impregnado  em minha camisola, é a melhor coisa que existe.
Pois, aqui persiste a saudade, criada pela distância dos quilômetros entre nós.
Que cruelmente nos separam.
Jamais imaginei me encantar assim.
Como falo: tão abrupta e perdidamente me apaixonar.
Como nos filmes, ainda lembro.
Te encontrar ao meu lado.
Passageiro da janela,
Ao qual me dispus a conversar.
Intrometendo-me em teu lazer,
Confesso, a culpa disso tudo é minha.
E não me arrependo de ter pego aquele ônibus.
Ao qual minha intuição insistiu pegar.
Lembro-me ainda de teus cachos em meus dedos.
Do colorido de tua barba a roçar meu pescoço.
Pedido meu, é claro.
A por te enlouquecer como uma doce ninfeta o faria.
Afrodite aplaude!
Sim, eu quero enlouquecer teu corpo de paixão, volúpia e luxúria.
Alcançar minhas nádegas ao alcance de tuas mãos.
Deleitar-te,
Fazer gozar até a última gota que seu corpo possa.
E sim, novamente te deixar tonto de tanto prazer.
Enlouquecer, é pouco, repito.
Quero deixar em cada traço de tua memória o prazer de minha carne envolta a sua.
Mas, não. Isso é pouco para mim.
Quero muito mais que isso,
Carne, corpo.
Quero teu coração!
Quem sabe ainda hei de conseguir!
Por ora me satisfaço em dominar teus pensamentos pelo prazer mais intenso.
Ai, como te quero e desejo-te!
Espero apenas não se tratar de um sonho.
E que o último dia entre nós, jamais seja uma despedida.
Adorável passageiro, espero que não esteja somente de passagem em minha vida.
Quero que fique!
Quem sabe ainda não mato de prazer, a nós dois, já velhinhos?!


sábado, 13 de janeiro de 2018

Trechos curtos

A poesia arrepia,
Porque mexe com teus freios.
Põe luz sobre o que tentas esconder debaixo da cama.
Finges não ter tais sentimentos e tais volúpias.
Pois dentro de um papel, estás a representar.
Aquilo que não é e nuca será.
Tente negar!


Trechos tortos

Pernas bambas.
Estou a suspirar,
Na espera de vires me acalmar.
Baixar meu fogo,
Teu fogo,
Que me faz mulher.

Tua,
Nua,
Crua,
Inteira,

Entregue.
Densa.
Tonta,
E a tremer.

Em: 13/08/2018

quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Vivos que sangram. Eu ainda sangro e choro!


Por isso dizem que a paz está apenas entre os mortos: "Descanse em paz!".
Pois os vivos são perseguidos por fantasmas, as quais não escolheu matar.
Fantasmas de histórias que não escolheu viver.
Das dores que carrega consigo, 
De feridas de batalhas que não escolheu, mais uma vez eu repito, de algo jamais escolhido.
Dos sonhos roubados, por isso tantos bandidos a perseguirem-me em sonhos!
Quando ambos pesadelos se juntam num só tempo. Tudo faz sentido.
Da dor no peito que não acaba ao acordar de sobressalto no meio da noite.
Ferida, como se na floresta estivesse.
Mas sem lobos. Apenas homens maus e gananciosos a roubar teu respiro e calma.
Qual o preço da justiça, afinal?
Seria ela uma vendeta, apenas para vingar uma dor que não passa. Mesmo depois de dois anos?
A lágrima que não seca. A sensação de perseguição nos sonhos.
Fugir de teus próprios sonhos pra não sangrar mais.

quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

sábado, 6 de janeiro de 2018

Recomeçar

Recomeçar exige coragem e atitude, para um caminho único seguir.
Mesmo que pareça loucura e esforços desnecessários aos olhos alheios.
Mas neste momento o melhor que se tem a fazer é calar-se,
& pura e simplesmente construir sua estrada.
Durante alguns trechos, poucos perceberão que não foram palavras vãs.

Me despi de tanta coisa,
Em carne viva e dilacerada fiquei ao ver um sonho meu ser esfarelado diante de meus olhos,
Em sonhos ainda revivo a dor, que não me deixa. Por mais que "alguma resolução" aos olhos humanos esteja perto de ser feita.
Ainda eles, se perguntam o que houve?
Houve destruição, vendaval, fogo e pó.
Ao inferno fui e voltei por diversas vezes (se ele existe ou ao menos a personificação que fazem dele).

Necessidades escondi de mim,
Sem ao menos perceber.
AGorA vou ao encontro delas pouco a pouco, mas intensamente.
É hora de recomeçar em tantos aspectos.
Mesmo que nunca tenha parado de transformar, significativamente ciclos agora se abrem, e outros se tornam a fechar. E alguns continuam a me acompanhar.

É preciso sabedoria e coragem, afinal para saber o que carregar na sua bagagem cotidiana,
E sentir-se bem consigo mesmo e com sua força para prosseguir a solo, sem apoio externo ou parental.
Afinal, eles mesmos duvidam que vá alcançar tamanhos propósitos,
Aliás saberiam eles, que isso vai além de um sonho/ desejo/ meta?
É entrar num caminho que me esperou por tanto tempo, desde que sempre fui o que fui. E o que nunca deixei de ser. Mesmo que estranha eu pareça;