quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Lugar algum

Cada um faz sua escolha
E arca com o peso dela
Seja duro ou bastante para fazer cair.
Seja afiado como a lâmina da espada, para perfurar.
Tem coisas que não voltam mais.
E há escolhas que levam para um caminho
Ao qual se descobre ser lugar algum.
Alguns preferem coisas que mais tarde descobrirão ser vazio.
Como o brilho do ouro cega.
O de uma escolha infundada ao satisfazer a outros, 
Pode ter sabor mais amargo que o limão mais amargo que possa nascer sobre a terra.
Escolher para provar algo a alguém,
Pode parecer frutífero, quanto uma grande, brilhante e verde árvore.
Mas as folhas podem voar, ao sopro do outono.
E com ele, perceber que isso não vale um futuro.
Que isso não vale uma história.
Não vale algo que poderia lhe acompanhar aonde aquele ao qual queria satisfazer jamais poderá lhe acompanhar.
Cada um sabe a escolha que faz.
E com ela, o rumo pode sair da direção prevista.
Cada um sabe que a chance pode não voltar.
E ser feliz já pode não ser mais parte do teu plano possível.


terça-feira, 15 de dezembro de 2015

É isso afinal:

Sabe o que eu queria realmente ter?
Uma forma de arrancar todos os sonhos aos quais desejei desde que respiro.
Ser como o Davy Jones, do filme Piratas do Caribe e arrancar meu coração e assim minha alma, para me tornar podre por dentro,
Fria, gélida e apenas executar as coisas,
Deixar a ambição tomar conta de mim e só me importar comigo mesmo.
Afinal algum dia, neste âmbito, alguém já se importou comigo?
Ser dura como o diamante.
Deixar de ser isso que me faz eu.
Uma pessoa sensível aos outros pra quê afinal?
Se a vida só caga em minha cabeça e nem apoio familiar tenho?
O que tem sentido afinal no meu viver?
Sobreviver nunca fez partes dos meus planos.
Mas parece esse ser meu caminho.


domingo, 29 de novembro de 2015

Não e não! Sobre as asas de um pássaro enjaulado dentro de si.

Não, ninguém viverá suas dores por você.
Ninguém será capaz de apontar um caminho que só você pode tornar como seu.
As escolhas são suas,
O peso delas também.
O sabor árido e amargo das derrotas provenientes de uma escolha errada também.
O sabor de dúvida pela derrota, e pela esperança de que este o próximo passo reserva-lhe o que mais quer, também é seu.
Quem faz o caminho?
Apenas você e Ele.
Ninguém mais sentirá a mesma dor,
nem que você use mil palavras para explicar apenas um sentimento.
Nada será como antes, a partir do próximo passo.
Nada será como o agora, se viver sempre no futuro,
Afinal o hoje só pode ser sentido, agora mesmo.
Ele não volta, nem mesmo se retroceder os ponteiros do relógio.


Desistências fazem parte quando não se está preparado.
Afinal, o quanto escolhas acertadas podem incomodar?
E se por acaso a tirarem de seu conforto.
Afinal a felicidade não dura eternamente, nem a infelicidade.
A euforia é momentanêa.

O que se passa afinal aqui dentro?
O que se passa afinal, diante de ti?
O que mais lhe aflinge?
Tens medo de voar,
De cair?
Ou da sensação experimentada ao bater as asas?

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Um mundo em cores

Você deixa tudo tão mais colorido,
Te olho e vejo partes de mim,
Cada riso alto,
Cada olhar doce que me faz sentir seu carinho.







Um mundo em cores,
Alegre,
Com dois malucos que juntos são apenas um.
Como te quero,
Como te desejo.
Desejo tudo em você,
Desejo construir nossa história em alicerces fortes,
Até construirmos algo maior que nós dois.

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Toma VERGONHA na cara!

Toma VERGONHA na cara!
Parece que às vezes estou pedindo que alguém me chacoalhe e grite comigo, 
Para que vá até o núcleo de meus sentimentos
E recuperar a AÇÃO
Poxa, vida! 
Cada um é dono da sua trajetória, certo?
Portanto, porque ainda estou parada?

Inerte, andando em saltos durante semanas,
E parada pelos meses que se seguem.
Com muito menos já fizeram muito mais.

Será que tenho medo do futuro?
Será que tenho medo de voar?
Receio das proporções que as coisas podem tomar e que eu nem consigo mensurar?
Minha mente borbulha, divaga com "arsenal" o suficiente para mostrar que não são ideias surrealistas, 
Mas sim capitalistas. Até demais.

O meu SER em confronto TOTAL com o que AINDA posso ser.
Seria medo de me perder?
De ir além do SER,
E valorizar o TER?
O que seria isso afinal?
A psicanálise vai lá e destrói algumas partes, 
Mostra a verdade nas negações de outras.

Mas mesmo assim tento fugir de mim mesma.
Porquê?
Do que tenho medo, afinal?

Isso é tão louco e pertubador.
Como se algo fosse explodir e sair de dentro de mim.
Repetidamente IDEIAS pensadas por mim, 
Se realizam DO OUTRO LADO DO OCEANO, 
ANOS ou durante ALGUM TEMPO DEPOIS.
Porque me SUFOCO dentro de MIM MESMA?

Sabemos que a realidade transformada nunca mais volta ao ponto inicial, 
Como diria a física sobre a transformação dos corpos,
Ou da dificuldade de um estado para o outro, 
Seja ele gasoso, líquido, ou turvamente sólido.

Por enquanto ainda estou em NUVENS, 
Sou as NUVENS.
No estado mais gasoso possível...

terça-feira, 17 de novembro de 2015

...






"Essa não é mais uma carta de amor
São pensamentos soltos
Traduzidos em palavras
Pra que você possa entender
O que eu também não entendo"

"Mas com você eu posso ser
Até eu mesmo"

Declarações sem fala.


Declarações sem fala.


Nunca imaginei me sentir tão emocionada,
Ou diria afetada, "rs"
Por uma imagem assim, que sem palavras.
Mostra que estamos lado a lado,
No início do jogo ainda, na fase  introdutiva.
Ou seja, o "jogo" ainda nem começou direito, 
O que pode querer dizer, que... as chances de ficar mais divertido, aumentam.

Sorriso bobo, 
Que apenas falo, mas nem imaginas-o visualmente.


Ai, ai!
Delícia este nosso jogo, hein?!

Um dia...

"Ficaremos acordados
Imaginando alguma solução
Pra que esse nosso egoísmo
Não destrua nosso coração"

Composição: Dado Villa-Lobos / Renato Russo 

Quem ficará acordado afinal?
Adianta falar?
Claro que não basta apenas isso.
Mais qual a solução,
Ou as soluções.
Assim como a eletricidade inexistente no século XVII
Estas soluções ainda estão engavetadas em alguma parte de alguns "cérebros malucos", 
Eu diria inventivos.

De profissionais diversos que precisam se conhecer, afinal.

Basta querermos que um dia chegaremos lá,
Eu disse, CHEGAREMOS, mesmo!


domingo, 15 de novembro de 2015

STAND BY & controvérsias

Parar, respirar, mudar de posição, para de repente um mundo ser destruído.
Para se reconstruir sob alicerces mais fortes.
Recomeçar e destruir novamente.





Experimentar novos ares, 
Para então descobrir que os ares são os mesmos
Que as pessoas apenas mudam seus nomes.
Vestem outras máscaras.
Mas que pro dentro há a mesma arrogância,
A prepotência, o sarcasmo, a mesma falsidade dentro de novas embalagens.




Vasos ora mais bonitos,
Carapuças mais bem costuradas.
Muito bem costuradas, com a linha que não quero comprar.


 
Afinal pra quê se importar com o mundo, se somos TÃO grandes.
E imortais, como os Deuses do Olimpo.




Afinal porque se importar com as pessoas?
Pode parecer insano, ou até mesmo incompreensível.
Mas quem somos nós para duvidar que a humanidade possa ser fraterna?




Difícil caminhar em terreno pedregoso, 
Tropeçar e cair tanto.
Para depois ainda acreditar que ainda há pessoas boas.
Doloroso, 
O caminho mais difícil com certeza.



Muito mais fácil endurecer tudo de uma vez, e 
Nem olhar para o lado.

 Para que "de repente" em lágrimas perceber que agora o lado que sofre é o seu.

E se perguntar, porque ninguém olha para o lado
Afinal, você já olhou e se envolveu com a realidade alheia?













Peixinhos


Na escola aprendemos a desenhar peixinhos, foi lá também que esquecemos que um dia "voltaremos à terra"?
A água que nos mantém pode destruir-nos.
Pois nós o também sabiamente deixamos de pensar.
Pois a única busca tem sido por algo, que jamais conseguiremos levar...



Qual a lama que você vê?

Procuro tintas e só vejo sangue
Procuro tintas e só vejo sangue
Sangue e dor

Lama

De qual lama vos falo?

Da lama da terra.

Terra essa que devora os seus,

Seus antes devoradores?

Ou lama da sujeira.

Da sujeira que não se vê.

Mas está em toda parte.

E só aquele que não quer ver, não toma parte.


Muito mais fácil apenas reclamar.

Sem atitude a tomar.

Mais fácil não se envolver na encrenca alheia.

Afinal são os outros, não é mesmo?

Decidi fazer a minha parte.

Mas ela mal começou...

 


domingo, 8 de novembro de 2015

Bem querer, mais que bem querer.

Sabe aquela pessoa que você nunca imaginou existir?
E se o seu interior dizer que está a um passo dela?
Seria uma ilusão?
Uma fantasia? Um sonho utópico?
Puro romantismo de conto de fadas? Ou uma possibilidade pode existir?

De repente você decide ser você mesma, da forma mais genuína possível que um ser humano pode ser.
revelar seus defeitos.
Uma fala falha por uma rapidez na conexão de ideias.



Achar fofo um modo de te olhar.
Uma forma de se referir a sua boca, um carinho mais doce que muitos chocolates suiços.




Tesoura, ardor lado a lado.
Acreditar que alguns valores intrínsecos são mais fortes que uma paixão numa concepção de relacionamento a dois.


Na busca por algo não fugaz.
Pois a efemeridade já está por todos os lados.
E vocês (DOIS) veem as coisas de forma diferente dos demais.



Sua risada gostosa que vem da alma.
Teu olhar que me hipnotiza, sem esforço algum, sendo apenas você.
suas mãos que parecem em conhecer há anos.
Fazendo-me tremer, minha boca entreaberta salivar, tremer de desejo.
Ter que me afastar,
Pois não há ar o suficiente que sustente essas sensações todas.
Ter a necessidade durante o dia de apenas sentir o teu cheiro.
O cheiro da tua boca, da tua pele, da tua barba e do teu cabelo.
Algo que agradou sobre você: TUDO!
Algo que não gostei: NADA!
Mas, como assim?
Meio como o que falou de querer achar uma flecha e apontar: isso me incomoda em você!


Acho que pelo fato de sermos "dois loucos" perante o padrão.
Fez ser um encontro de "espírito".
Enrolar meus dedos em seus cabelos, lhe fazer carinho.
Ansiar momentos de companheirismo, amizade, carinho, amor fraterno,
Um cuidar...








7/ Novembro/ 2015

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

E assim começa...






mãos geladas, 

cidade fria,

corações vazios.

cenário de hipocrisia,

mais parecia utopia,

pensar diferente!


Se jogar

Achas mais perigoso se jogar em algo novo, mergulhar em emoções novas, com o peito escancarado, sem amarras a algo anterior,
Mas também sem nenhum tipo de proteção,
Totalmente aberto a esta experiência.


Ou então, se jogar de uma altura maior que você mesmo?
O que pode doer mais a dor externa, física, passível de ser curada em um tempo razoavelmente curto para o desespero humano?
Ou se arriscar em algo, que como em todas as apostas, pode ser um blefe alheio, e assim ferir mais um pouco de sua alma, e o pouco que lhe resta sem feridas de seu coração?


Viver e não respirar “diafragmamente”,
Andar por andar, sentir a brisa e reclamar que o vento sopra em sua pele arrepiando seus pêlos em mostrando que ainda está vivo e é capaz de sentir.


Ou, por sua vez, ao comer cada alimento, sentir seu cheiro, gosto e textura como se fosse a primeira vez. E por fim, agradecer internamente por este momento precioso, que está nos milagres do dia  a dia.
No sorriso sincero da crianças,
Na lambida molhada do seu cão “vira-lata”, mais amoroso que qualquer ser humano que já conheceu.


Qual sua escolha hoje?
Como guia seu caminho?
Deixa acontecer e reclama que nada vai bem?
Ou luta, até esgotar o suor de teu corpo e respira fadigamente,
Para no final, sorrir com os cantos dos lábios feliz pelo que vê.


Me diz e eu te conto também.


segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Nós: & o caminho que podemos tomar


É bom decidir seguir adiante, mesmo sendo um processo demorado.
Quer digerido mais que lentamente, e nesse processo, quer dor mais intensa?
Dor mais intensa que as lágrimas podem explicar visualmente ao encharcar os rostos dos não mais enamorados.

Como a árvore que cresce num período de seca, tão devagar se desenvolve assim como o Adeus, que custa a se efetivar.
Bruscamente sentimos nosso coração ser arrancado do peito sem anestésico algum.
Mas acredito que nem a morfina ou qualquer coisa maior seriam capazes de ludibriar a dor do que não se pode tocar, mensurar, esconder, desligar.
A dor da perda, a dor do sentimento não correspondido.

Mas a vida uma hora lhe diz, que assim como há a tempestade, o sol chega pra renovar.
Fazer os olhos brilharem de empolgação pelo sopro de vida que entra na janela.
A vida que enche os pulmões de ar, e que mostra que somente o amanhã depois de longo tempo pode trazer o sossego de que todos tomamos o rumo que devemos tomar.
Às vezes podemos nos reencontrar em outro caminho e construir uma nova história.
Noutras os caminhos já não mais se cruzam.
Ou por vezes o que era amor, vira amizade e abre espaço para quem sempre deveria estar ali.
Ou às vezes descobrimos que o nosso caminho, na verdade é seguir sozinho, construindo a história de outras pessoas, fazendo com que elas se sintam inspiradas pela paz que queremos ter sempre conosco.
Ou até mesmo, por fim experimentamos o amargor de que não nascemos para viver histórias lindas de amor.
Bem, quem sabe este último, seja meu caminho.
 
 
 

terça-feira, 29 de setembro de 2015

A cada dúvida que tiverem sobre minha pessoa, transformarei em raiva, que será minha energia pra lutar e seguir.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Sobre nossos EU´s e a nossa eterna mutação

Quantos eu´s deixamos pelo caminho.
Como nos transformamos, e diria que não através de uma medida temporal, mas sim de eventos.
Eventos que nós destroem.
Para podermos nos encontrar novamente,
Como se tivéssemos outra face, pronta a renascer sob a que queimou com as dores passadas.

Somos o antes, e o agora.
Que nos tornam nós, mas no entanto não sabemos o que seremos no futuro.
Afinal teremos futuro?
Será que sobreviveremos ao próximo dia ou evento.

Ou será que não sobrará nada, além da lembranças que deixaremos em nossos entes?
Ou será ainda, que sim, não sobrará nada do que somos hoje, mas estaremos presentes, sob outra forma.

sábado, 5 de setembro de 2015

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Sobre a minha morte

Sobre a minha morte:

Cada um vê a vida sob sua própria maneira, assim como a morte.
Ao me entregar a psicanálise, mesmo que com apenas um sessão. Muita coisa mudou.
Desde me fazer olhar as coisas de outra forma.
Mas hoje outra coisa me marcou profundamente, percebi que morri mais uma vez, ou melhor matei certa  parte de mim.
Como isso se explica?
Acredito que alguns tem medo da mudança, já outros matam a si mesmos durante a vida.
Afinal dois corpos habitam o mesmo espaço? Ou duas personas (sem se tratar de um transtorno mental) habitam a mesma mente?
Para existir alguém generoso é preciso que se mate, anule seu egoísmo.
Algo me marcou profundamente, afinal lágrimas de emoção derramei mesmo sob efeitos medicamentosos.
Matei a mim mesma, para renascer de outra forma.
Sigo agora com a certeza de não sou eu apenas uma fênix, mas que a maioria carrega consigo uma fênix.
Quero evoluir cada vez mais e para isso matar partes de mim, que já não servem para novas jornadas.
Que assim seja.
E eu morra quando for preciso, para ser mais forte e completa

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Mergulho

Quando decide mergulhar dentro de si mesmo, o perigo é encontrar alguém totalmente diferente de quem deixou da última vez.
Pode se deparar com um ser de tão estranho não parece ser você.
O brilho nos olhos é o mesmo, o jeito de expressar sentimentos também.
Mas as pedras jogadas sob seu corpo nu, deixaram marcas tão profundas que o tempo não apaga, mas te deixa mais forte, as lágrimas secam e não voltam, e quando se olha no espelho percebe o quão dura uma pessoa pode se tornar, por conta dos caminhos que tomou e as pessoas as quais encontrou nestes.
Insensível como eles, este é o pior que pode acontecer a alguém com tantos sonhos e sentimentos doces.

Ando pelas ruas e encontro pessoas submersas dentro de seus mundos e nem percebem a realidade dos que realmente sofrem e passam por elas.
Afinal, qual dor é maior: a sua? A dele? A do transeunte ou a daquele que conta as horas que lhe faltam para seu último respiro?
Será que já parou para olhar o que acontece bem ali na avenida que passa todos os dias, ou apenas julga o que vê?

É difícil se colocar no lugar do outro sem sentir a realidade pela qual ele passa.
Quando se está voltado apenas para si mesmo.

[...]

domingo, 28 de junho de 2015

Os segundos se vão e com eles...

Os segundos se vão e com eles... o tempo se multiplica e se esvae.
Resta a nós, como seres em evolução, a transformação.
Foram tantas as reflexões dos últimos dias, mas só agora consigo sentar e transformar parte em texto.
O ar poético se perdeu, em textos que poderiam ser escritos, mas não o foram.
Fica apenas o núcleo de tudo.

Nem 20, nem 30.
Mas tão perto de alcançar mais uma década,
O último ano, sem sombra de dúvidas foi o mais evolutivo de toda a minha existência,
Em tom de desabafo, me desmancho através das palavras.

E os últimos meses, o que falar deles?
Tão cruéis, intensos, envolventes, ambíguos, mas por fim educativos.
Cresci anos em meses,
Mudei pensamentos enraizados de anos, até mesmo que perduravam há mais de uma década.

Pedi perdão, mesmo ainda não sabendo a extensão da mágoa de algo feito há tantos anos, a versão materna destinada a mim.
Aprendi a comer qualquer coisa, para saciar a fome,
Afinal eu cheguei a este ponto.
Sofri num domingo sem poder cozinhar por falta de panelas.
Chorei tanto, quanto poderia.

Mas emergi do fundo do poço.
E a cada dia me esforço para me transformar num ser melhor,
Tento suprimir pensamentos julgadores, tão inerentes a minha classificação animal.
Humana, demasiada humana.
Afinal, quem pode criticar sem saber o que REALMENTE se passa.
Também, pode ser possível perceber que foi julgada por tantos, sem saberem o que realmente me levou a determinadas situações.
Apenas aquele que vive tal acontecimento, em tais circunstâncias moldadas de forma única, pode falar a respeito e não "alguém de fora".

Estar sozinho te faz ir fundo no âmago da construção de sua existência, refletir cada detalhe que construiu o ser que és agora.
Mas esta atitude é complexa quando se procura ter um olhar externo, como se olhasse a si mesmo sob outra perspectiva.
Neutralizar possíveis pontos de vistas nos quais os outros podem estar errados, nos quais o resultado não depende apenas de você é um exercício crítico e exaustivo, para se fazer através das emoções.

Posso divagar durante horas, apenas para dizer que em muitos pontos sou outra,
A mesma de antes, mas com outras configurações.
E a cada segundo que passa e se transforma em minutos e subsequente em horas, dias e semanas procuro pensar na consequência de cada palavra dita a outrem e o quanto elas podem mudar o dia destas.
Cada gentileza feita pode transformar dias péssimos em dias melhores e de estima pelas pessoas ao redor.

Divago em diferentes reflexões e confundo a quem lê.
Afinal, ser racional o tempo todo ainda é um árduo exercício.
Mas ao qual procuro me dedicar, e concentrar.

Valorizar cada detalhe feito por outros os faz pensar nos dias como mais prazerosos, e faz conquistar relações mais humanas, mesmo que em ambientes corporativos e mudam os processos com resultados mais aprimorados.

Controlar pulsões e impulsões é outro exaustivo exercício diária ao qual me dedico, mesmo que perseguida por pensamentos constantes de consumo e aquisições não necessárias.
Afinal, é preciso refletir o que é necessário e o que é passageiro?
O que é preciso ter?
Para que tantas peças de vestuário?
Ou tantos "issos e/ ou aquilos"?
Isso moldará e mudará minha existência ou será apenas algo momentâneo do qual não lembrarei na próxima semana?

Uma separação inevitável, um acidente, uma mudança resultariam na busca a qual percorro hoje, não desperdiçar parte de meu tempo em coisas, com pessoas que não acrescentarão em aprendizado psicológico e de vida.
Na busca de me reconstruir a cada dia, e com autocontrole sobre mim.

Por fim, jamais imaginaria estar de volta, literalmente e exercendo algo que que busquei por meses, e imaginei durante anos.


domingo, 17 de maio de 2015

Passado e futuro, lado a lado

Quando decido deixar as coisas no seu devido lugar.
Afinal, passado é passado.
Resolvo apagar as fotos.
Cortar...
Arrancar as folhas e galhos que ainda restam na árvore.
Assim como  outono faz para que possa vir o inverno.
Você aparece como quem não quer nada.
Já estava ali.
Só eu não podia perceber.
Não conseguia,
Afinal, e faltam olhos para ver, como ver?
                                                                                       Meu campo de visão estava ofuscado,                                                                                                      obscurecido pela neblina da dor.

Ainda não estou inteira, mas não quero de nenhum modo que você seja a minha cura.
Pois só o tempo pode curar, e amenizar,
Só ele poderá me fazer confiar em uma história novamente.

Já me basta ser o motivo de meu sorriso bobo na rua,
Meu brilho nos olhos,
A inspiração de meus textos não poéticos.
O grito de alegria ao saber que irei conversar contigo.

Ainda não nos transmutamos,
Não nos beijamos.
Consegue imaginar o quanto anseio por isso?
Acredito que sim, pois não tenho quaisquer dúvida que sinta o mesmo.
Mas a tua presença mesmo que distante já me basta, para não querer outro alguém.
Para dizer a qualquer um que queira estar comigo que já estou envolvida.

Não esperava e nem acreditava que fosse me encantar por alguém assim, novamente.
Muito menos que seria tudo tão intenso.
Tão envolvente.
A ponto de dominar meus pensamentos, 
Mas dominar de uma forma sadia, instigante.
Tens qualidades que admiro há muito
 e outras que aprendi a admirar em outrem;
Em homens que marcaram a minha vida,
Meu pai,
Ele.

Bondade, pureza (vista através do carinho pelos animais), sede de justiça, serenidade, sabedoria, inteligência, cultura...
Há dias penso em escrever isso, mas tive receios.
Mas comentei hoje, que daria uma surpresa, acredito que não imaginava que seria essa,
Você está em mim, como poucos estiverem, 
A ponto de escrever algo sobre nós, ainda que o nós não exista totalmente.
Pensei se não seria cedo para isso.
Mas tenho completa certeza de que o que sinto não é fugaz.
E só tende a crescer, na medida certa, com o tempo.
Através de bases sólidas, 
Tijolo por tijolo.


O passado ainda está em mim.
Mas sinto que você é meu futuro.
Que estará comigo na próxima estrada pela qual iremos andar.

Tubarão, 17 de Maio de 2015, 22 h 33 m.


quinta-feira, 14 de maio de 2015

Sobre a paixão e como normalmente ela nos destrói

Sobre a paixão e como normalmente ela nos destrói:

No trajeto de hoje...

Aprendi na vida sentimental que a paixão é algo que não vale tanto quanto o amor que é construído através de bases sólidas.
Mas em toda a minha trajetória sempre segui a paixão,
Em todos o âmbitos de minha vida.
Desde a escolha do curso superior a outros determinantes.

Agora aprendo que nem sempre a paixão é o melhor caminho,
Não apenas na vida amorosa,
Mas em outros setores.

Estudei, estudei, estudei, estudei, estudei... E estudei.
Para?
Seguir um sonho?
Um sonho irrisório de uma área ingrata e restrita a poucos.
Já faz algum tempo que me arrependi desta escolha, a qual não posso voltar.
Claro que fiz amizades, que jamais teriam sido construídas sem este caminho.
Claro que conheci a área pela qual me apaixonei, mais uma vez.
(Ironia)
Mas a qual cada vez mais vejo ter potencial e ser mais abrangente.
Entretanto hoje, já não me vejo mais como uma pesquisadora de moda em potencial.

Estou mais para a Antropologia que para a Moda.
A futilidade não cabe em mim, o humanismo sim.
Moda é muito mais que roupa, já cansei de gritar por aí;
Ela reflete comportamento, escolhas pessoais de um lifestyle.
Mas hoje comida, arquitetura me atraem mais.

Já os índios, como gostaria de correr para a selva!
(Não a selva de pedra, que fique bem claro).

O tempo passa,
E com ela a sorte se esvai
Com isto, nossas oportunidades de ouro podem não voltar.
E quando a vida passar,
As viagens não feitas, os idiomas não aprendidos, a bagagem cultural não adquirida,
Os livros não comprados, as comidas não experimentadas, as experiências não vividas irão aparecer na consciência,
Para então perceber, que o pote no final do arco-íris não é o que vale,
Mas sim percorrer os arcos coloridos e estar perto ao sol é o que realmente vale apena viver.
Mergulhar num rio de águas límpidas, respirar o cheiro da mata, conseguir tocar no animalzinho arisco.
Correr o risco de ser mordida por uma serpente, e escapar. Para no instante seguinte agradecer por estar viva.
E ser grata pela oportunidade de evolução neste momento, neste lugar, nestas circunstâncias.

Descubro que a paixão não é tudo.
Sempre soube que o dinheiro também não.
Qual o caminho?
Minha única certeza no momento: a realização.

domingo, 10 de maio de 2015

Trajetória nova, o caminho da Audrey.

Me sinto tão doce,
Numa lady me transformo através dos minutos,
Voz suave, doce, serena e calma.
Respiração lenta, olhar perspicaz.
Quem imaginaria?
Menina e mulher.
Nem mesmo ela sabia dizer que seria possível.
O autocontrole cresce.
O direcionamento de sua voz, dos detalhes minuciosamente calculados para dar certo efeito.

Ela, tão fã da Audrey.
O mesmo caminho ela persegue.

Trajetória louca, que a surpreende.
Alguns ensinamentos duros a vida lhe traz.
Outros, bons guias a ensinam, de forma doce e sem ultrapassar seus limites.

Não adianta querer falar,
Apenas aconselhar sem um caminho lhe mostrar.
Pois dizer que é tão simples e tão fácil, não basta.
É preciso ensinar, esmiuçar em palavras o caminho a ser seguido.

Mais uma briga, agora consigo mesma.
Com o que sempre foi.
Com quem é,
E quem deve se tornar.

É! Os dias já foram menos complexos,
Mas menos gloriosos.
Sem vitórias diárias, mas significativas.

Um doce de menina ou uma pimenta como mulher?
Ambos?
Tudo ou nada?
8 ou 80?

Pelo jeito o caminho só leva a uma equação: equilíbrio.