terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Trouxe de volta a realidade, que o mundo não compreende a diferença e nem ao menos tenta.

Você estragou dois dias mágicos para mim.
Uma pessoa ao qual jamais esperaria por isso,
Que as pessoas se doam de forma diferente uma a outra eu até entendo.
Mas você não ter empatia com as minhas dificuldades? 
Me magoou e trouxe de volta uma dor que eu não imaginava que existisse ainda aqui dentro.
Uma dor de menina,
Uma dor de una vida.
 Lembrando aqueles todos que me evitaram, olharam estranho, me desprezaram, mas logo você?
Trouxe de volta a realidade, que o mundo não compreende a diferença e nem ao menos tenta.

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Sobre o virtual e o presencial

O virtual não me satisfaz.
Vejo mais através do presencial.
Procura de conversas existenciais e piadas bobas...

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Semelhanças entre amoras e neurônios =p

Aceitação é um processo, por vezes árduo (palavrinha ultimamente persistente em meu vocabulário).
A aceitação é o processo pelo qual deve-se passar para ir em busca de uma mudança interna desejada.
Pois ela dá visibilidade e clareza ao que é possível mudar, afinal não somos seres heróis.
E mesmo se fossemos, qual o fim de gastar energia em comer mamão se preferimos amoras?



Ah! A doçura das amoras se equipara ao sentimento de estar no caminho certo.
Mesmo que certo, não menos longo e cheio de sacrifícios, trocas, dissabores, escolhas dolorosas e críticas.
Que são comuns quando se trata de um caminho único.
Caminho único causa estranheza,
E não por menos, o ser humano naturalmente tem medo da mudança, da quebra das estruturas de suas relações, mesmo que não perceba.

Afinal, seus comportamentos padrões são demais arraigados.
Mas passíveis de mudar,
Com disposição, dedicação, e muita mielina!
Ah, adoráveis mielina e Neurociência =)))




domingo, 1 de outubro de 2017

Uma causa para lutar

Fui do céu ao inferno.
Pensei colher flores e plantar frutas doces.
Colhi o amargor do desprezo.
Me desiludi, fui zombada, humilhada e ignorada.
Sofri, chorei.

Vi a luz ao descobrir a causa por trás de tantos efeitos ruins em minha trajetória.
Acreditei, por um tempo.
Até a verdade aparecer, após tanto pesquisar e ler.

Parte da fraude parecia ser.
Mas então, de forma veloz e clara, algo que vinha e se apagava aqui dentro. Se firmou e se mostrou o porquê de ter que fazer parte de tudo isso.

Sim, o buraco estava mais embaixo outra vez.
E talvez, por isso meu olho se fez luz e iluminou os caminhos de minha lucidez e raciocínio:
Para antes mesmo de começar, saber:
O caminho é único e doloroso. E a glória se fará em outros que talvez nem viva esteja para saber.

Mas um sonho infantil e pueril se fará: um legado deixar que ultrapasse a mim mesma, e qualquer interesse financeiro dos grandes patrocinadores.
Mesmo que a única coisa que conheça em minha vida seja luta. Este é o mistério  e paixão que preciso conhecer.

sábado, 15 de julho de 2017

Você foi o amor que mais desejei

Você foi o amor que mais desejei.
Mas o que fez com isso tudo que sempre carreguei aqui?
Como papel, amassou.
Nunca soube o que é ser amada, nem respeitada (o mínimo).
Pois maltratada sempre fui.
Quando gritava: gorda!
Noutras vezes: imbecil, idiota, burra, capeta, demônio, capeta, filha da pura e outras tantas blasfêmias (desculpe as palavras feias, tensas, obscuras).
Tapa no rosto não houve.
Mas pancadas com pedaço de madeira, puxões de cabelo, não faltaram.
Assim como cadeiras jogadas na costas, socos, beliscões e outros tantos arranhões na alma, que nem lembro direito de todos.
 Não saberei nunca o que é ser amada.
É uma dor e planto que carrego comigo.
Mas agradeço, me fez forte!
Pois sem apoio deste gênero, melhor mãe de mim me tornei.
Acreditei em vão, numa possível transformação.
Apenas gritos e ofensas ouvi.
Mas hoje sei, que todo o apoio que carrego comigo, pertence a mim.
Das vitórias, fez deboche.
Afinal, nem minhas conquistas escaparam do seu escarno e depreciação.
A única certeza é que terei de trabalhar esses sentimentos ainda de falta/ vazio.
Nem sei se o tempo esfarela essa dor.

sexta-feira, 23 de junho de 2017

O amor que não existe

Nunca me senti tão sozinha,
Quanto em teus braços,
Deslocados pela distância,
A saudade que não existe,
Pois ainda não foi tua.
Onde estarás, que teu olhar ainda não encontro?
Será uma ilusão acreditar que existes amor, não amado
Ainda.


quinta-feira, 1 de junho de 2017

É como se um elo tivesse quebrado

Senhor, enche-nos do Espírito

Prólogo

E eu que sempre fui tão orgulhosa, do alto de minha magnitude
Cai do pedestal
E aqui estou a chorar
Por te perder, como sonho contigo todas as noites
Persegue meus pensamentos nas horas mais movimentadas do dia

Porque foi tão breve?

Sempre te amarei,
Olívia, 13/ 06/1967




Esta carta acima foi encontrada junto com seu corpo, Olívia decidira tirar sua vida após as perdas que teve, suas desilusões, nas próximas páginas conheceremos sua história e talvez tentaremos entender o que fez uma moça tão alegre, feminina e linda desistir de tudo.

segunda-feira, 10 de abril de 2017

Hoje, algumas palavras

Quando você abre os olhos para a felicidade ela te invade!







Inquieta, Sou uma daquelas pessoas que desde sempre sonham em mudar o mundo. Afinal como descrever as sensações de quando você enxerga um caminho para um propósito ao qual nem sabia da existência, instantes atrás.

Inquieta, Sou uma daquelas pessoas que desde sempre sonham em mudar o mundo.Afinal como descrever as sensações de quando você enxerga um caminho para um propósito ao qual nem sabia da existência, instantes atrás.


segunda-feira, 3 de abril de 2017

Estou contigo, amiga

Amiga, eu sei
O que é sentir mais do que parece haver espaço dentro do peito.
Não posso pegar tuas dores para mim, 
Afim de aliviar o que sentes, 
Pode ter certeza de que o faria se pudesse.
Mas assim como a realidade é dor somente, agora.
Há outra verdade que por ainda estar longe, não consegues enxergar.
Que ao fim, estes sentimentos chegarão.
A força do que sente agora não é maior que a capacidade de seguir e escolher outro caminho.
Pode não parecer, mas ela existe.

Assim como a compreensão de que é real o fim, 
Pois o elo finalmente se mostrou cortado.
A força e intensidade que chega em teu ser, não é maior que você!
Vai doer assim como as abelhas trabalham com o mel.
O tempo vai limpar, pouco a pouco traços da sua dor.
E assim como estou contigo agora, também estarei quando um dia rirmos de tudo isso.


quarta-feira, 15 de março de 2017

Sem voz!

àS vezeS eu meSma calo a minha bocA,
Pensando que o que poderia escrever vai incomodar os outros.
E assim com a pá, cheia de terra tapo o buraco,
Mas logo abre novamente,
E com a boca enlatada, e os dedos imóveis,
omito alguns pensamentos meus,
omito algumas palavras suas perdidas cabeça,
omito o que por aí, alguém mais pode estar pensando similarmente.

E como um tapa na cara, deixo o vento do momento levar o que quero trazer ao papel.
e de maneira cruel, escondo partes assim de mim mesma,
para depois não entender que há pedaços em falta.

E a falta faz, assim como o ser sem ar para respirar,
Oprimir, apagar, calar, esconder, desmembrar partes do que fechei os olhos para deixar de ver.

Qual a falta que eu mesma esqueci?
Qual o momento em que não vi, que sou feita de tantas partes conflitantes, e por isso claramente humanas,

Que parte ou que falta escondes de si, assim como eu o já fiz?




Grito em forma de gozo

Sabe o gozo do homem?
O esperma que traz calma e energiza-o todo?
Sabe a escrita que fica comprimida em meu peito,
com palavras verdadeiras e que revelam mais de mim,
do que eu possa esconder?
Elas são libertárias e de forma sorrateira arrebentam com partes que existiam aqui.
Mas como num gozar masculino, ao qual apenas imagino a sensação,
As palavras presas na garganta relaxam os micro músculos que tensos estavam pelo que ficou preso dentro de mim,
E assim diminui um pouco a dor que carrego neste ponto do meu corpo.


Relógio sem horas


Às vezes a gente acha que a queda faz sumir o chão.
Por outras nós mesmos tiramos pedaços de um possível caminho,
E de escamas em escamas, como ao prepararmos um peixe.
Tiramos partes de nós e jogamos ao lixo,
Mas o pó que se torna não é possível reaproveitar.
E às vezes o pó é inalado em nossas narinas, 
sufocando o resto do ar puro que ainda há na sala,
E destruímos parte a parte, 
 um nós.
Para em seu lugar montar um novo ser,

Mas há momentos em que não encontramos 
caixa de ferramentas alguma, para pegar a chave que conserta 
nossas incógnitas,
E assim como com o trem perdido,
Ficamos na estação com olhar vazio,
E apenas vendo o movimento,
Ou perdendo a energia que não pulsa, 
e que fica como um relógio parado no tempo,
Sem sentido,
Ou sem momento para ser ele mesmo.


terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Não precisa de título

Quando se é criança a gente se preocupa com tanta coisa que vai deixar de existir na vida adulta.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Tédio e silêncio

Ele a pega pela cintura,
E sussurra em seus ouvidos, aquilo que ela jamais imaginaria ouvir de um homem,
Isso a fez tremer,
Mas isso não passou de um sonho.
Com prazo de validade de algumas horas,
Noutro dia ao acordar, o que vê ao olhar para o nada,
É o espaço vazio,
Mas não há o que temer,
No jogo repetitivo do cotidiano,
Apenas  o tédio,
Na mesa do seu trabalho, ela suspira e imagina que
Ele a pega pela cintura,
E sussurra em seus ouvidos, aquilo que ela jamais imaginaria ouvir de um homem,
Isso a fez tremer,
Mas isso não passou de um sonho.
Com prazo de validade de algumas horas,
Assim como o que ela viveu teve o fim dado como certo,
Como nas histórias de amor sem um casal ao final,
E tudo o que se passa na cabeça dela agora,
É que apenas só é capaz de reencontrar a si mesma,
Na luta diária a favor da quebra do tédio.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Olhos atentos ou alheios ao mundo?

Eu escrevo de fora pra dentro?
Ou de dentro para fora?
Ás vezes de um modo, às vezes de outro.
Afinal, acontecem coisas que me chamam a atenção.
Noutros momentos, o que está aqui dentro pulsa e quer  fugir de mim,
Alcançar outras formas,
Outros espaços, outros mundos.
E ver por aí, algo em conformidade com o que se passa aqui.
Tantos lares, tantas vidas, tantos começos e recomeços a cada dia
Que passam despercebidos aos olhos de quem apenas passa por você.
Olhos de quem vê, mas não enxerga,
Pois não sente o que há aí.
Embora toda a dor um dia vá embora,
Talvez a esperança não retorne,
E o recomeço seja frio, vazio e cinza.
Apenas por respirar, ele surge.
E o belo foge, como o calor do corpo no inverno.
Aquele que corre não alcança, aquilo a que se destinou ao decidir,
Num começo de um dia qualquer,
 onde nem todo que olha consegue enxergar.

Olhos cor de amêndoas

O moço ao meu lado tinha cabelos encaracolados
E que charmoso ele era,
Também haviam tatuagens em seus braços.
(Ah! Os pelos de suas pernas...)

Mas no seu mundo ele estava.
Enquanto eu, fingia habitar o meu,
E assim disfarçar meu olhar de cobiça/interesse.
Parado ao meu lado ele estava,
A Esperar a sua senha, para assim como eu ser atendido.
E dentro de mim sem saber como pronunciar algo no silêncio frio do banco, eu estava.
Por isso decidi escrever,
Aquilo que mais sei fazer.
Mais um dia vai passar.

Olhos cor de amêndoas,
Bicicleta, persiana, moço do supermercado de uniforme (senhor, aliás)
Chuva, carro vermelho patado e meu olhar para fora, pois se eu olhar pro lado,
Não vou conseguir esconder meu sorriso de malícia e nem meu olhar.
Fico há imaginar quantos passam por nós sem dizer uma só palavra, mas em  suas mentes...

12 h 26 m 30.01.17

Um dia, talvez...

São tantas vivências,
Cada um com seu modo de olhar, suas dificuldades.
Alguns tentam fugir da realidade em que se encontram.
Enquanto outros fogem de si mesmos.
Há também aqueles que morrem de tédio, do seu cotidiano.
E criam suas próprias algemas,
Ao colocarem a coragem para debaixo do tapete e esquecerem de seus sonhos.
Por ser muito difícil.
Por acaso aquele que lê isto é um preguiçoso/malandro e covarde, para perder suas forças para lutar?
Medo de perder?
Medo do fracasso?
Medo de respirar você não tem, acredito eu.
Então pra quê se enganar e deixar seus objetivos para amanhã, para segunda-feira, para talvez um dia que nunca venha  a chegar.

12 h 19 m 30.01.17

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Mas importam ou não, as feridas que trazes contigo?

Sobre o falar descalculado que as pessoas usam, 
sem nem ao menos perguntarem a si mesmas se poderiam atingir o calcanhar de Áquiles de alguém,
Ou a ferida que custa cicatrizar,
datada pelos anos a apodrecer partes que não se podem ver a olho nu,
Cada um sabe o que carrega dentro de si,
Mas alguns criam armadilhas para eles próprios,
Ferindo por aí, sem nem ao menos parar um instante para perceber o que se passa,
Os anos são capazes de fechar as costuras dos pontos e dos remendos da alma,
Mas a memória não esquece.

Perdoa, talvez.
Mas como cão de rua acuado pode ficar.
As cicatrizes que existem, podem estar entre familiares, 
Ou, entre pessoas que outrora fizeram parte da tua cota de confiança,

Mas não importa,
Contar os machucados não leva a nada,
Mas não importa,
Todo mundo acaba um dia com alguma parte de si suja ou carregada de sentimentos e emoções ruins,
Mas não importa, 
Pois todos um dia têm seu fim, 
E nada do que foi, ficará marcado em lugar algum. 




Agora-futuro

A velha forma de se fazer as coisas tem seus dias contados.
Olhar o mundo com olhos da década de 90, é ultrapassado, meu bem ;)
Não escutar ou vê-los a um clique, e sentir o que eles têm a dizer.
Para quem estão a falar,
É negar o futuro.
Fechar os olhos para os comportamentos que acontecerão no amanã.
As novas profissões narram a realidade na qual as coisas estão a mudar e outras já passram.
Youtubers ainda fazem parte do agora, e amanhã o que surgirá?
Afinal na década de 90 para ser visto e ouvido, jornalismo o teria de fazer.
Só assiM para estar na TV.
Hierarquias que se desmancham pouco a pouco,
Os anos passam e só vemos as mudanças quando elas gritam com os rostos colados (feito a menina de O grito) na nossa face e não há mais como fugir.
Ou se "morre" (fica obsoleto) ou se transforma e faz parte do agora-futuro que está sendo criado.


Tic e tac, pulsação

Tudo é uma forma poética,
Uma força esvoaçante, delirante
O que se passa no cotidiano do mundo.
Será, afinal que a minha vida passa com menos importância em comparação a qual dou as horas do relógio, para chegar a tempo num compromisso com outros?
Dou mais importância ao alheio, para esquecer de mim mesmo,
Ou fingir que não é preciso olhar para dentro?

Antes das 7h, 25/01/2017

Olhar, velho olhar, inexistente olhar

Como falar do mundo,
estando nele?
Como perder um segundo?
Se as horas continuam a girar no relógio.
Que não mais na parede está.
Mas sim, no fogão
(Alguém imaginaria isso a pouco mais de uma década atrás?)
A hora está no celular, no microondas.
Menos na parede da sala de jantar, cozinha ou sala.
Se está, apenas decorativa parece ser,
POis quem se lembra de olhar para a parede em busca das horas?
Em meio ao facebook, tela do Word ou e-mail corporativo, as horas são olhadas na tela do computador.
Mas na parede quem se lembra de olhar?
Pode se estar a sorrir.
Mas quem lembra de olhar para dentro de si e enxergar e sentir o que se passa,
Assim como se passam os segundos.

Antes das 6h

Não vou dormir,
Só deitar um pouquinho e refletir.
[...]
Pastel frio também é bom.
Vida feito casinha de bonecas.
Magia, magia.
Vozes e diálogos, apenas como parte da realidade.
A realidade que não está lá fora.
A realidade que não é vista pelos outros,
Afinal, como enxergar o que só está aqui.

Pouco antes das 6h


domingo, 22 de janeiro de 2017

Pecados escondidos

Seus pecados escondidos,
Numa falsa vida,
Que conta e mostra aos outros,
O que é verdadeiro que sai de tua boca?
Falo de ti, que trai aquele que te dá a mão.


Fruta não mordida

Sou passageiro desta vida,
Troco de assento de hora em hora,
De tempos em tempos,
Sem saber qual a melhor janela para olhar o que há lá fora.
O pássaro que voa quero pegar com as mãos,
E esqueço-me que suas asas são feitas para no ar ficar.
E meu lugar é com os pés no chão.
Vida que vai e escorre como areia no recurso do tempo.
Toca o alarme do relógio e vejo o que já passou por mim.
De repente me vejo sem ar,
Seduzida pelo cheiro do mato,
Querendo subir em árvores e suas frutas comer.
Mas lembro então, que nunca subi em árvore alguma.
E dos calos que estão em meus pés,
Por sapato de salto foram feitos.
E na terra fazem semanas que não piso descalça.
Lembro-me da meia a sufocar no calor do verão.
Faço uma analogia do sufocamento que sinto,
Dentro de mim.
Faça chuva ou faça sol,
Ainda tenho dúvidas.


Palavras escondidas

Preciso me expressar de alguma forma,
Gritar sem que outros ouçam,
Libertar minhas emoções, que agora latejam em meu peito.
Pior prisioneiro é aquele que faz de si mesmo, cárcere
Cárcere de uma vida não vivida como desejada.
Preso em si,
A lágrima não sabe se cessa ou jorra,
A dúvida preenche o ser.
A insegurança perturba a mente,
E me faz presa dentro de mim mesma,
As asas não querem se abrir pra voar,
Apenas se fecham e espremem o que há de humano em mim.
O que há de intuitivo e natural é soterrado, nestes momentos.
Onde não sei para onde vou,
Onde a força se esconde, e o medo persegue.
Palavras que querem ser ditas, mas abafadas o são.

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Caso não aja amanhã

Enterrar o passado não é fácil
Requer coragem,
E às vezes anos e multiplicidade de pensamentos, até chegar o momento.
Momento de declarar a si mesmo que aquilo não mais lhe pertence.
Época em que outrora ajudou a construir partes de ti.
Momentos felizes, risadas,
O pesar também de uma densidade de lembranças
duras e frias que destruíram outras partes de si.
Mas a mim só tenho a dizer uma só coisa:
- Siga e tenha a certeza ao final de cada dia que entregou o melhor de si, para em tranquilidade estado de consciência ficar, caso não aja amanhã.

17 de Janeiro de 2017


segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

O não

O não muitas vezes pode ser mais difícil de ser dito que o sim.
Ele parece fechar portas, negar oportunidades.
Que o medo tende a sussurrar nos seus ouvidos: não haverá outra (vez)
Mas o que dizer do sentir não ser o momento (adequado),
Não ser um tempo ao qual esteja segura de si e preparada?
Quando se escolhe um caminho,
As coisas parecem mais simples de serem seguidas, afinal tudo está ao seu entorno.
Mas isso não tira o peso de negar uma oportunidade.
De talvez não ter de volta, um momento como este.

15 de Janeiro de 2017


sábado, 14 de janeiro de 2017

Febril desejo

Boca seca,
Água que não resolve,
Nem na garganta,
Muito menos no rosto, pescoço
Face a queimar.
E dentro, cada célula em estilhaços feitos de fogo,
Calor, falta de ar,
Que desejo é este?
Mas bom apenas que fosse somente isto.
Não sei denominar o que me inquieta.
Ao menos sei, muito carinho o tenho por ti.
Tênis de felina,
Mas do teu lado viro rato.
Rata, a tremer sem saber o que pronunciar,
Receio de teus limites não saber respeitar,
Tua pele que roça, a milímetros de mim,
Pêlo, braço.
Mas tu tão longe quanto um pássaro no ar.
Vontade de cuidar-te, apenas
Mas isso é apenas pensamento e querer que mato.
E assim me queimo ainda mais.
Feito peixe que não sabe percorrer a maré, calo-me.
Mas torro-me por dentro.
Suspiro que tento esconder,
Respiração entrecortada, procuro disfarçar.
Quase como gelo, me congelo paralisada, com tua perna colada a minha.
Mesmo que por dentro esteja em chamas pelo desejar, que deve ser esmagado,
Pois tu guri-homem não pode segurar-me.
E até mesmo fujo de olhar-te no fundo de teus olhos,
Querendo arrancar de ti o que te faz mal, pois mesmo que não me digas sei,
algo aí pesa teu ser.
Mas eu sou apenas isso, rata diante de ti.
Por outrora hoje, distante é meu posto,
Pois os limites o foram colocados entre o tu e o eu.

domingo, 8 de janeiro de 2017

Me apaixonei...

Me apaixonei,
e o nome dela é Masala, ou seria ele?
Afinal se trata de um tempero.
Aromático, ora com pitadas meio agridoces  atingindo o paladar,
Ora, aquele toque ardente oriental atingindo me em cheio.
Uma surpresa a cada instante de saboreio.
Num simples ovo batido ou jogado cru sobre a batata doce e o ovo cozido,
Poucas experimentações ainda.
Mas eu me deleito e derreto a cada garfada,
Empolgada para experimentar outras facetas em tantas outras receitas,
A Índia me pega de jeito com seus temperos.
Abóbora, carne, PTS, são vários os alimentos e combinações que me povoam a mente.
Feito gente criança, me pego a imaginar a fazer e criar diversas receitas de molho,
Pimenta preta e branca, cravinho, louro, cominho preto, sementes de cominho, canela, cardamomo preto, castanho e verde, noz-moscada, anis e sementes de coentro.
Garam Massala,
Definitivamente me conquistou, em cada célula.